O ritmo que embalou Hernane no gol que marcou na vitória do Flamengo por 2 a 1 sobre o Bahia
foi o “Pam Pam Ramram Pam Pam”, música do grupo baiano Edcity. A
comemoração foi dedicada à noiva Diely. Gosto musical à parte, o
atacante nascido em Bom Jesus da Lapa, no interior da Bahia, admitiu que
em alguns momentos a falta de técnica é compensada com raça, revelou
seu ídolo no futebol e disse que quer se lambuzar com mais gols. E
também com acarajé.
Em um que time já tem Vagner Love, um outro atacante do amor busca seu espaço.
- Corri para a câmera depois de fazer o gol, que foi dedicado à minha
noiva, com a música “Pam Pam Ramram Pam Pam”. Disse que seria para ela, é
uma música baiana que escutamos bastante. Agora, tenho que fazer mais
um e dedicar para a torcida – afirmou Hernane.
A letra da tal música em certo momento diz: “Direita, Pam/Esquerda,
Pam/Pam Pam Ramram Pam Pam”. E foi com um chute de direita, depois de
rebatida do zagueiro Titi, que Hernane matou a bola na coxa e fuzilou. E
pam. Gol do Flamengo.
- Sou um atacante de ficar no bico da área. Aproveitei bem a bola
rebatida, estava no lugar certo, na hora certa. Fiquei feliz de ter
conseguido fazer o gol, num lance difícil – destacou o jogador.
Depois de marcar 16 gols no último Campeonato Paulista, só um a menos
que Neymar, Hernane fez seu primeiro gol pelo Flamengo contra o
Coritiba, na vitória por 3 a 1, na quarta rodada do Brasileirão. Na
comemoração, o jogador correu para as câmeras postadas ao lado da trave
do Engenhão e ofereceu o feito para a mãe, Meirieme. O segundo gol,
diante do Bahia, foi para a noiva.
Hernane aos poucos se adapta ao Rio, mas ainda não conhece os cartões
postais. Foram raras as vezes que foi à praia da Barra, onde mora. Seu
programa preferido é passear no shopping. Ao mesmo tempo em que anda
tranquilamente pelas ruas do Rio depois dos gols marcados com a camisa
rubro-negra, o feito já o elevou ao status de ídolo na sua terra natal.
- Tem muita gente ligando já com convite para jogo festivo. Bom Jesus
da Lapa é uma cidade pequena. E até torcedores de times adversários
estão felizes com meus gols – afirmou o jogador.
O atacante diz que sente falta de um prato típico da sua terrinha:
- Difícil um baiano que não gosta de acarajé, né?!
Já no futebol, a referência atende pelo nome de Ronaldo
- Ele sempre foi um fenômeno, teve superações, foi à Copa. É um jogador
em que me espelho para o resto da vida – destacou o atacante
rubro-negro.
Mesmo com o gol marcado diante do Bahia, Hernane sabe que alguns
questionamentos surgem quanto à questão de sua técnica. Mas ele se
defende.
- Uma hora ou outra vai faltar técnica, mas diante das circunstâncias
vai na raça. Foi assim contra o Bahia – afirmou o jogador.
Seja da maneira que for, de cabeça ou de canela, Hernane quer balançar as redes. Sobrou para ele, é “pam”.
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