Um jogo. Noventa minutos que podem aliviar a crise ou evidenciar a
ebulição em que vive o Flamengo. Neste domingo, o time não joga só pela
vaga na decisão da Taça Rio. A partida contra o vasco, às 16h (de
Brasília), no Engenhão, coloca em xeque um semestre inteiro. Léo Moura
sabe disso e demonstra preocupação com o que pode ocorrrer em caso de
novo fracasso. Há uma semana, o time saiu da Libertadores na primeira
fase e viu o principal objetivo do ano ruir.
- Por se tratar de uma semifinal e por se tratar de Flamengo, sempre
existe essa pressão. Temos de saber separar. Todo mundo gosta de jogar
um clássico, é um rival nosso. Se queremos ir à final, temos que entrar
no jogo com dedicação. Saímos de uma competição importante, e o Carioca
vai decidir o nosso primeiro semestre. Tomara que a gente volte a
trilhar o caminho dos títulos. O Flamengo não pode deixar de conquistar
títulos. Sei como isso é ruim aqui, a pressão cresce. Tomara que
aconteça a partir do jogo contra o vasco.
Em caso de empate no tempo normal, a definição do classificado será nos
pênaltis. O vencedor do clássico vai jogar a decisão do returno contra o
Botafogo, que derrotou o Bangu por 4 a 2 neste sábado. Além do clima
tenso, existe a rivalidade. Léo não é do estilo que provoca, mas com
sutileza também é irônico.
- Estamos vacinados contra isso. Na outra semifinal (da Taça
Guanabara), o vasco ganhou, e o Alecsandro disse que a sequência de
vitórias do Flamengo tinha acabado, mas no jogo passado nós vencemos
(penúltima rodada da Taça Rio) e ficamos quietos. Não precisamos falar. É
entrar ali, pensar no adversário e não em provocações. Tem que deixar
isso para o torcedor. Só temos de pensar em vencer e conquistar títulos.
Os títulos falam, né? Não precisa ficar debochando de ninguém.
O resultado da semifinal também pode determinar o futuro de Joel
Santana. A presidente Patricia Amorim não garantiu o emprego do
treinador em caso de eliminação. Léo diz que o técnico merece a
dedicação total do grupo.
- Sou supeito para falar. O Joel é um cara com quem trabalhei outras
vezes, sei o quanto ele é bom, tem coração grande, respeita todo mundo,
dá liberdade para todos. É difícil encontrar um treinador que deixa tão à
vontade. O grupo também joga para um treinador como esse. Temos de dar
continuidade para que ele fique.
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