As férias forçadas do Flamengo têm agravantes em diversos
setores do clube. Com quase um mês sem jogo, o Rubro-Negro não conseguiu
quitar a dívida com a BWA (empresa especializada em confecção e venda
de ingressos) ainda no primeiro semestre. A ideia era finalizar o
pagamento de R$ 13 milhões com as finais do Carioca e conseguir, pela
primeira vez na gestão da presidente Patricia Amorim, levar para os
cofres rubro-negros a renda de um jogo.
Nos 160 jogos da atual
gestão, o Flamengo não conseguiu embolsar nada. Tudo por conta de uma
dívida contraída em gestões anteriores que chegou ao valor aproximado de
R$ 13 milhões e deveria ser paga com a bilheteria do clube nos jogos.
Deste total, já foram pagos 95%, mas a falta de partidas e a baixa
frequência de público empurraram a quitação da dívida para o segundo
semestre deste ano.
- Quitar como, se o time não vai jogar
tão cedo? São 28 dias. Esta dívida não foi da Patricia Amorim, ela só
está pagando - explicou Eduardo Moraes, diretor de arrecadação.
Membros
da atual diretoria se defendem dizendo que a dívida foi aumentada de
forma inescrupulosa e sem aprovação dos conselhos, já no fim da gestão
de Marcio Braga e Delair Dumbrosck (assumiu interinamente por questões
de saúde do titular). Um empréstimo de R$ 5 milhões foi feito no fim de
dezembro de 2009, pouco depois de o clube ser campeão brasileiro e a
ex-nadadora Patricia Amorim ser eleita.
Um dos fatores cruciais
para o Flamengo não ter pago essa dívida até o momento é que os jogos
não são mais realizados no Maracanã. No Engenhão, a torcida não
comparece com a mesma frequência.
Além das despesas com a BWA, 20%
de todas as bilheterias do Flamengo são destinadas para pagar dívidas
trabalhistas de ex-jogadores, devido a um acordo com o Tribunal Regional
do Trabalho.
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