quarta-feira, 25 de abril de 2012

Férias impedem Fla de pagar dívida milionária com BWA


As férias forçadas do Flamengo têm agravantes em diversos setores do clube. Com quase um mês sem jogo, o Rubro-Negro não conseguiu quitar a dívida com a BWA (empresa especializada em confecção e venda de ingressos) ainda no primeiro semestre. A ideia era finalizar o pagamento de R$ 13 milhões com as finais do Carioca e conseguir, pela primeira vez na gestão da presidente Patricia Amorim, levar para os cofres rubro-negros a renda de um jogo.

Nos 160 jogos da atual gestão, o Flamengo não conseguiu embolsar nada. Tudo por conta de uma dívida contraída em gestões anteriores que chegou ao valor aproximado de R$ 13 milhões e deveria ser paga com a bilheteria do clube nos jogos. Deste total, já foram pagos 95%, mas a falta de partidas e a baixa frequência de público empurraram a quitação da dívida para o segundo semestre deste ano.

- Quitar como, se o time não vai jogar tão cedo? São 28 dias. Esta dívida não foi da Patricia Amorim, ela só está pagando - explicou Eduardo Moraes, diretor de arrecadação.

Membros da atual diretoria se defendem dizendo que a dívida foi aumentada de forma inescrupulosa e sem aprovação dos conselhos, já no fim da gestão de Marcio Braga e Delair Dumbrosck (assumiu interinamente por questões de saúde do titular). Um empréstimo de R$ 5 milhões foi feito no fim de dezembro de 2009, pouco depois de o clube ser campeão brasileiro e a ex-nadadora Patricia Amorim ser eleita.

Um dos fatores cruciais para o Flamengo não ter pago essa dívida até o momento é que os jogos não são mais realizados no Maracanã. No Engenhão, a torcida não comparece com a mesma frequência.

Além das despesas com a BWA, 20% de todas as bilheterias do Flamengo são destinadas para pagar dívidas trabalhistas de ex-jogadores, devido a um acordo com o Tribunal Regional do Trabalho.

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