Vanderlei Luxemburgo, hoje técnico do Grêmio, confidenciou a amigos
que sua maior decepção no Flamengo foi o comportamento de Ronaldinho
Gaúcho. O treinador, que tem uma multa de R$ 4 milhões a receber do
clube carioca, voltou a dizer que em breve revelará todos os detalhes de
sua saída do Rubro-Negro.
Os desentendimentos entre o treinador e
o craque começaram ainda na reta final do último Brasileiro. Luxa
confidenciou a amigos que R10 não estaria correndo em campo por estar
com parte dos salários atrasados.
Na pre-temporada
rubro-negra em Londrina (PR), a crise estourou. Ronaldinho perdeu vários
treinos no período da manhã por ficar dormindo na concentração.
Luxemburgo reclamou de falta de comprometimento por parte do jogador com
a presidente Patricia Amorim.
Houve ainda o episódio em que R10 teria sido visto com uma mulher na concentração.
O técnico solicitou ao hotel as imagens das câmeras de segurança, e o
craque acabou punido por andar pelos corredores em horário indevido.
Mas, entre os dirigentes, começou ali o processo de 'fritura' do treinador.
Na Bolívia, enquanto treinava para a estreia na Libertadores diante do Potosí, Ronaldinho reclamou a amigos que o Vanderlei estaria tentando desgastar sua imagem com os torcedores, 'vazando' informações dos bastidores do clube. Antes do embarque, o jogador chegou a dar um ultimato perante os amigos: 'Não fico se ele (Luxa) não sair'.
Na
volta aos treinos no Ninho do Urubu, entretanto, o clima parecia em
parte amenizado. No dia 30 de janeiro, o craque chegou 16 minutos
atrasado à atividade, mas se desculpou ao treinador com um beijo no rosto, antes de receber o colete de titular.
Depois disso, Luxa durou mais alguns dias no cargo. E ao sair, abriu o verbo contra as regalias que boa parte do elenco, Ronaldinho incluso, desfruta no clube:
-
Tem que ser firme. O ano passado eu cedi. Jogador achando que pode
fazer de tudo. Esse ano eu comuniquei a diretoria que seria difícil eu
conviver com as mesmas coisas do ano passado. Aí, não seria desgaste com
um jogador, mas com 20, 30. Porque os privilégios existiam. Eu mudei,
se a diretoria não mudou, não é problema meu. Se a diretoria quer jogar o
problema para debaixo do tapete, não é problema meu. Venci desta forma,
com desgaste com os principais profissionais, mas sempre ganhei
campeonatos importantes. E o atleta continuou da mesma forma que é -
disse o treinador.
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