Uma letra no nome e um centímetro a mais na altura diferenciam Paulo
Victor, atual goleiro do Flamengo, de Paulo Vítor, arqueiro do
Fluminense entre 1981 e 1987. Apesar de pertencerem a gerações
diferentes, a atuação destacada do rubro-negro de 1,87m na vitória por 2
a 0 no Fla-Flu de domingo - o primeiro do ano do centenário do clássico
- fez o tricolor, de 1,86m, relembrar o passado e rasgar elogios ao seu
companheiro de posição.
- Foi uma atuação maravilhosa, perfeita. Já o conhecia e sei do seu
potencial, não foi uma surpresa. Já tinha visto ele fechar o gol em
outra partida, se não me engano pelo América. Quando o vi no clássico,
confesso que voltei um pouco ao passado. Vieram alguns lances na
memória, era bom jogar contra o Flamengo - lembrou Paulo Vítor, que
assistiu à partida de casa, em Brasília-DF, mas não soube apontar um
Fla-Flu que mais o marcou na carreira. - Houve vários marcantes, como a
volta do Zico, as finais do Carioca de 1983 e 1984... Você deixa uma
história.
Ex-Flu, Paulo Vítor (esq.) vê semelhanças no 'xará' do Fla (Foto: Editoria de arte / GLOBOESPORTE.COM)
O ex-goleiro, convocado para a Seleção Brasileira após os títulos em
1984 do Carioca e do Brasileiro, vê no flamenguista outras semelhanças,
além do nome.
- A segurança nas bolas, a saída de gol, a reposição em velocidade... Ele se assemelha muito a mim - afirmou.
Paulo Vítor elogiou o trabalho de seu antigo rival Cantarele - arqueiro
do Flamengo nos anos 70 e 80 e que atualmente trabalha como preparador
de goleiros do clube - e cita até um exemplo para credenciar os
rubro-negros da posição à Seleção.
- O Cantarele vem fazendo um grande trabalho, e o Flamengo está bem
servido de goleiro. Pelas atuações que vem tendo, o Paulo Victor tem
condições de hoje figurar na Seleção Brasileira. Tanto ele quanto o
Felipe. Quando o Castilho jogava no Fluminense, o reserva dele também
estava na Seleção: o Veludo (em 1954). Isso não os impossibilita de
serem convocados. Para um goleiro, ao despontar num Fla-Flu, as coisas
evoluem bem - garantiu.
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