A primeira partida da decisão do Campeonato Brasileiro de 1992 é o
momento inesquecível do ex-jogador e atual comentarista da TV Globo
Júnior. No dia 12 de julho, o Flamengo venceu o Botafogo por 3 a 0 no Maracanã e se aproximou do título, que veio uma semana depois, com um empate em 2 a 2.
Aos 38 anos, Júnior comandava o meio de campo do Rubro-Negro, que
contava com um time de cheio de revelações, como os meias Marcelinho
Carioca e Nélio, o atacante Paulo Nunes e o zagueiro Júnior Baiano.
- Foi um placar surpreendente. Não esperávamos ter feito aquele placar.
Eu era o último remanescente daquela fase áurea do clube. Estava com
aquela garotada, me sentia o irmão mais velho. Dali saiu a história do
vovô-garoto, do maestro. Foi um momento único, que eu pude viver longe
do Zico, do Adílio, do Andrade, do Leandro - disse Júnior, que já tinha
sido campeão brasileiro em 1980, 82 e 83.
No futebol brasileiro, o ex-jogador defendeu apenas o Flamengo. Na
Itália, onde atuou de 1984 a 1989, vestiu as camisas do Torino e do
Pescara. O ídolo da torcida rubro-negra acredita que a fidelidade de um
jogador por um clube ficou no passado e atualmente se tornou comum
vestir a camisa de rivais durante a carreira.
- O futebol mudou de uma forma em geral. Existia muito mais
identificação entre os jogadores e os torcedores. A gente dizia que o
torcedor sabia a escalação do seu time. Hoje eles trocam de clube como
se fosse normal, coisa que na nossa época não acontecia. Tem jogador que
fica seis meses no Palmeiras, mais seis no Corinthians, seis meses no
Flamengo, e depois no vasco.
No entanto, para Júnior, dentro de campo o futebol pouco mudou. Hoje,
os jogadores estão mais fortes fisicamente e conseguem correr maiores
distâncias, mas em outros fatores há poucas diferenças.
- Houve uma evolução muito grande na parte física, mas no aspecto técnico e tático continua praticamente igual.
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