A pedido de Ronaldinho Gaúcho, o advogado do Flamengo Rafael de Piro
entrou com um registro de ocorrência na Delegacia Especializada em
Crimes de Informática (DRCI) por conta da divulgação de um vídeo que
supostamente seria de um momento íntimo do camisa 10. Com a alegação de
ser uma montagem, o jogador pediu ao departamento de futebol que
acionasse o departamento jurídico. E o próprio clube também se sentiu
lesado.
- O Ronaldinho pediu ao departamento de futebol e nós entramos com o
registro de ocorrência. O jogador é vítima e o clube tem todo o
interesse em defendê-lo. Tudo indica que é uma montagem. Mesmo que não
fosse, é a divulgação de um momento de intimidade que atinge a honra e
reputação do jogador - afirmou De Piro.
O caso foi discutido em vários setores do clube. A divulgação do vídeo
supostamente de Ronaldinho teve reflexos diretos e causou certo
mal-estar no Flamengo. Mais na sede da Gávea do que no Ninho do Urubu.
Mesmo sem relatar na ocorrência policial o fato de o clube também ter
sido lesado, o advogado deixa claro que o episódio não foi agradável.
- O caso é especificamente do Ronaldinho. Mas é claro que repercute negativamente para o clube - destacou De Piro.
O caso, agora, está nas mãos da polícia, que começará a apuração por
uma primeira versão do tal momento íntimo do camisa 10. No vídeo
publicado no youtube nesta quinta-feira pelo usuário "radiologia9", um
homem de boina - identificado pelo responsável pela publicação como
Ronaldinho Gaúcho aparece em cenas muito íntimas. O vídeo ficou poucas
horas no ar. O youtube tem como política remover vídeos que contenham
cenas consideradas impróprias.
No registro feito na DRCI, De Piro citou o artigo 153, Parágrafo 1º A
do Código Penal que diz: “Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de
documento particular ou de correspondência confidencial, de que é
destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a
outrem: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa".
O advogado rubro-negro fez outras reclamações em cima de leis
semelhantes, o que, segundo De Piro, poderia causar ao responsável pela
divulgação do vídeo pena de reclusão de um a quatro anos.
- Foi um ato criminoso. A polícia vai apurar a partir de um primeiro
vídeo. Não existe um prazo de resposta, vai de acordo com a investigação
– concluiu De Piro.
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