Na noite de segunda-feira, a presidente do Flamengo, Patricia Amorim,
jantou com Ronaldo e o empresário Marcos Buaiz, principais responsáveis
pela empresa 9ine. No cardápio, novas diretrizes para renovação do
patrocínio com a Procter & Gamble e a possível inclusão da Traffic
em novos negócios. A intenção da dirigente é amenizar o desgaste com a
empresa de marketing esportivo responsável pelo aporte financeiro na
contratação e manutenção dos salários de Ronaldinho Gaúcho. Mas o futuro
do camisa 10 segue incerto e a postura de Assis começa a causar
indigestão na cúpula do Rubro-Negro.
O Flamengo continua com as conversas para tentar colocar um ponto final
no novo contrato de Ronaldinho, mas a negociação já ganhou ares de
novela. Após seguidas reuniões e declarações otimistas, dirigentes
rubro-negros envolvidos no processo já não apostam em qual será o
desfecho.
Assis, irmão e empresário de Ronaldinho, tem deixado a cúpula do
Flamengo perdida com declarações, indefinições e prorrogações que soam
mais como vírgulas e reticências do que como ponto final. Dirigentes já
temem que aconteça uma novela como foi na contratação do camisa 10, que
começou em dezembro de 2010, quando Assis conseguiu manter Flamengo,
Grêmio e Palmeiras confiantes num acerto, dando esperanças a todos os
clubes envolvidos durante as negociações, sem dizer "sim" ou "não" até
bater o martelo.
O empresário de Ronaldinho tem recebido propostas de diversos clubes do
Brasil e exterior, que também são de conhecimento da Traffic.
Dirigentes rubro-negros não arriscam dizer qual é a intenção de Assis
para o futuro do camisa 10.
Não está descartada a hipótese de o jogador deixar o clube, o que faria
o Rubro-Negro se movimentar para trazer outro jogador de peso. Mas
qualquer negociação só será definida a partir de 5 de dezembro, dia
seguinte à última rodada do Brasileirão.
Caso o Flamengo não garanta vaga na Libertadores, as chances de o
jogador deixar o clube aumentarão consideravelmente, já que além do
cenário nacional, Ronaldinho ainda busca projeção internacional no fim
da carreira.
A relação entre Flamengo e Traffic começou a sofrer desgastes quando o
clube acertou com a Procter & Gamble sem intermédio nem retorno
financeiro para a Traffic. A empresa, então, suspendeu o pagamento de R$
750 mil dos salários do camisa 10. As parcelas não são pagas há três
meses.
No jogo contra o Figueirense, Ronaldinho foi o único jogador a não
utilizar a camisa com uma estrela acesa em homenagem aos 30 anos na
conquista do Mundial Interclubes e também não exibiu uma das marcas da
Procter & Gamble.
O jantar entre Patricia e Ronaldo Fenômeno teve como prato principal
amenizar a situação, já que o clube pretende renovar com a Procter &
Gamble.
Mas, em todas as negociações, atritos e discussões, o maior entrave para o Flamengo tem sido a postura de Assis.
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