Na manhã da última quarta-feira, sete integrantes de três torcidas
organizadas do Flamengo foram ao Ninho do Urubu e pediram uma reunião
com os jogadores. Recebidos pelo diretor de futebol Luiz Augusto Veloso,
tiverram acesso a uma parte do CT depois de longa negociação e
conversaram com Alex Silva. O zagueiro tomou a iniciativa e foi o único a
se encontrar com o grupo.
Nesta quinta-feira, o técnico Vanderlei Luxemburgo fez questão de dizer
que os integrantes das facções não chegaram à área de trabalho dos
atletas e tratou a situação com naturalidade.
- O Alex quis ir lá espontaneamente. Se ele não quisesse, não iria.
Cobrança tem que existir, o torcedor pode ficar bravo, chateado. Mas tem
que respeitar o local de trabalho. Qualquer manifestação pacífica, sem
vandalismo, como quebrar carros e bater nas pessoas, é válida. Se eu
chegar aqui no CT e tiver quatro ônibus cheios de torcedores gritando,
com cartazes, não vejo problema nenhum. O que não pode é invadir o local
de trabalho. Protestos fazem parte dessa coisa que o Brasil conquistou
que é a democracia.
Os torcedores se mostram indignados com a declaração de Alex Silva ao
fim do empate sem gols com o Atlético-GO, domingo passado. Na ocasião, o
zagueiro afirmou que a torcida não tinha que vaiar, já que o Flamengo
"desde o início brigou entre os seis primeiros". O grupo disse que o
zagueiro pediu desculpas durante o encontro no Ninho. Em coletiva na
última terça, no entanto, Alex frisou que não se arrepende da
declaração.
O Rubro-Negro, que está em sexto na tabela, se prepara para uma decisão
por uma vaga na Libertadores. Neste domingo, o adversário será o Inter,
em macaé, às 17h (de Brasília). Cariocas e gaúchos chegam à penúltima
rodada do Brasileirão empatados em pontos: 57. O Colorado, porém, tem
uma vitória a mais (15 a 14) e ocupa o quarto lugar.
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