A presidente Patrícia Amorim disse estar tranquila em relação ao futuro
da parceria do Flamengo com a Traffic. A empresa suspendeu há dois
meses o pagamento de sua parte no salário de Ronaldinho Gaúcho (cerca de
R$ 750 mil). O Flamengo está em dia com seu pagamento (R$ 250 mil).
Como não recebeu qualquer retorno nos acordos de patrocínio firmados
nesta temporada, a Traffic faz exigências na assinatura de um novo
contrato - apesar de o jogador ter assinado com o clube em janeiro, o
compromisso com a empresa, até o momento, tem um memorando como única
garantia.
- Não temos nada para negociar. Só que começou a ficar desconfortável
para a empresa e eles colocaram algumas condições. O Flamengo, dentro
das possibilidades, procura atender. Fazemos isso com todos os
parceiros. Procuramos até dar mais, porque lá na frente podemos pedir
mais também - disse Patríca no lançamento da parceria do Flamengo com o Unicef.
A Traffic tenta se defender para não passar mais por situações como a
que envolveu o atual patrocinador master do clube. O retorno da parceria
é totalmente baseado na geração de receitas do departamento de
marketing. O acordo do Rubro-Negro com a Procter & Gamble até o fim
do ano, sem intermédio nem retorno para a Traffic, motivou a suspensão
do pagamento ao camisa 10 e serviu como pressão para dirigentes do clube assinarem contrato com novas cláusulas.
- O Flamengo está muito tranquilo, já que vem cumprindo rigorosamente o
compromisso que assumiu. É lógico que tudo o que acontece com os nosso
jogadores fora de campo também nos interessa. Procuramos auxiliar. Mas é
um problema de salário da Traffic com o Ronaldo. E nós procuramos
participar com uma postura conciliatória. Procuramos resolver esses
pequenos impasses. Fizemos um grande negócio ao trazê-lo e espero que
tenha um final tranquilo. E vai ter. Ele está bem tranquilo também. A
parceria com a Traffic é no nosso uniforme e vai continuar sendo -
analisou Patrícia.
Pelo acordo inicial, a Traffic ficara com todo o dinheiro arrecadado
acima de R$ 30 milhões. Mas o patrocínio da Procter & Gamble,
assinado em agosto, rendeu apenas R$ 6,6 milhões. O negócio foi
intermediado pela 9ine, empresa que tem Ronaldo como um dos sócios. A comissão da empresa foi de 15%.
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