Quando se analisa o planejamento do Flamengo para o Brasileiro, a
crítica mais recorrente é a falta de uma contratação de impacto para
disputar posição com Deivid no ataque. A defesa, no entanto, também tem
números preocupantes, apesar do reforço de Alex Silva no meio da
temporada. Entre os oito primeiros colocados, o time é o que mais sofreu
gols na competição: 43. O Corinthians levou 32. O vasco, 35.
Destes 43 gols sofridos, quase 50% aconteceram no segundo turno. Depois
do empate em 0 a 0 com o vasco, foram 21. De lá para cá, a única
partida em que Felipe não pegou bola no fundo da rede foi a vitória por 1
a 0 sobre o Ceará.
- É complicado dizer (o motivo). Talvez o cansaço de alguns jogadores
importantes que faziam a proteção, qualidade dos adversários. Fico
incomodado, não gosto de ser vazado, me irrito bastante - defende-se
Alex Silva, elogiando os gremistas na rodada passada.
Gols sofridos:
Corinthians - 32
Vasco - 35
Botafogo - 37
Fluminense - 41
Flamengo - 43
Inter - 38
Figueirense - 38
Corinthians - 32
Vasco - 35
Botafogo - 37
Fluminense - 41
Flamengo - 43
Inter - 38
Figueirense - 38
- É uma fase do Brasileiro. Aconteceu com outras equipes também,
equipes que estão brigando pelo título. É difícil chegar aqui e achar
culpado. Estamos numa fase ruim, num momento difícil da competição. Os
gols do Grêmio não foram falhas de setor defensivo, eles acertaram as
finalizações. André Lima deu caneta e consguiu colocar num lugar
indefensável, Douglas também. Tempo não tem mais para corrigir. Não vai
na técnica, tem que ir na garra, na vontade.
Alex Silva passou por uma temporada irregular. Depois de sair brigado
do São Paulo, o jogador demorou a entrar em forma. Depois, quando
começava a pegar ritmo, sofreu uma lesão no joelho esquerdo no empate em
0 a 0 com o vasco. O zagueiro diz que ainda sente os efeitos de um ano
com longos períodos de inatividade.
- Agora estou na forma ideal, me sinto bem. Claro que a dificuldade
não é só preparo físico. Tem a mudança de clube, de elenco. Estava junto
com meu companheiro há quatro anos (Miranda), a gente se conhecia
mais. Ano que vem vou estar melhor ainda, começando com todo mundo.
Apesar do momento adverso e do risco de perder até a vaga na
Libertadores, Alex Silva ainda acredita em um fim de ano positivo para a
equipe.
- A diretoria fez os investimentos para que acontecesse, contratou
jogadores, trouxe uma grande comissão técnica e quer o título. Se
vencermos todas em casa, o título fica próximo. Temos de botar em
prática. Foram dois jogos em casa que não conseguimos vence (Palmeiras e
Santos). Nos pontos corridos, ganhar em casa é primordial. São muitos
pontos em disputa, as equipes da frente têm jogos difíceis. Quando os de
times de cima tropeçavam, nós também. Isso fez o torcedor se
desinteressar. A gente acredita no título, mas dependemos dos outros.
Temos de fazer o nosso papel. Temos chance, por ser quatro em casa e
dois fora. Todo mundo achou que o Corinthians atropelaria o Avaí, mas
foi difícil. O primeiro objetivo é a Libertadores, mas estamos na busca
pelo título.
O zagueiro considera que a perda do título não seria motivo para desespero no clube.
- A gente está na briga. Seria frustrante se estivéssemos na zona de
rebaixamento. Não creio que seria o fim do mundo, até porque o título
que a torcida quer é a Liberatadores. Seria ruim se a gente não
conseguir a vaga. Ainda há as duas possibilidades (de título e vaga no
G-5).
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