sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Ecos políticos: Capitão Léo acusa Marcio; advogado detona Patrícia


A troca de acusações frontal entre a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, e o antecessor dela, Marcio Braga, atingiu alvos paralelos. Citados por um e por outro o presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro, e o advogado Pedro Tengrouse se defenderam atacando.

Tengrouse prestou serviços – terceirizados – à gestão de Marcio. Na entrevista que concedeu na quinta-feira, Patrícia afirmou que ele é tricolor e atualmente defende o Sport na briga pelo reconhecimento do título brasileiro de 1987. Pedro partiu para o confronto.

- Ela é mentirosa e ingrata. Não sou e nunca fui advogado do Sport. Como sou um dos poucos que conhecem bem a estrutura da Fifa, fui consultado, mas não aceitei. Apenas coloquei o advogado do Sport em contato com o do Flamengo. Não sei por que ela inventou isso. Outro ponto. Sou tricolor, com razão, mas profissional. Ela deveria olhar para a própria casa. O marido dela (Fernando Sihman) é tricolor e ex-líder de organizada do clube.

Tengrouse prosseguiu e disse que o Flamengo deve um mês de salário a ele.

- Não entendi por que me citar em uma briga política. Sempre fui muito leal e ajudei a Patricia em duas ocasiões: uma quando ela estava ameaçada de expulsão e perda do mandato por infidelidade partidária do PSDB (foi apenas advertida). A outra foi quando ela fazia gestão desastrada nos esportes amadores e eu a auxiliei. Se ela quer lembrar de mim, lembra da minha nota de dezembro que ainda não foi paga. Gosta de dizer que os salários estão em dia, mas não paga o que me deve.

Capitão Léo diz que Peruano foi funcionário de Marcio

Do outro lado da trincheira, o presidente do Conselho Fiscal do Flamengo, Leonardo Ribeiro, foi alvo de Marcio Braga. O ex-presidente se referiu ao Capitão Léo como “um desclassificado, que ofende a inteligência de todo e qualquer rubro-negro”.

Leonardo Ribeiro Flamengo (Foto: Felippe Costa/Globoesporte.com)Leonardo Ribeiro foi breve, mas pesado em relação a Marcio Braga (Foto: Felippe Costa/Globoesporte.com)
 
Ao tomar conhecimento da entrevista, Leonardo Ribeiro se manifestou. Foi breve, mas pesado.

- O Marcio Braga está fazendo a parte dele, tomando a frente da oposição e diminuindo os outros grupos políticos. Mas cometeu um erro: falar de um conselheiro que era funcionário dele na ouvidoria do clube. Se o José Carlos Peruano resolver abrir a boca, o Marcio Braga vai preso. O mandato do Edmundo Santos Silva é pequenas causas perto do que aconteceu na gestão dele.

Segundo Marcio Braga, José Carlos Peruano, que na última segunda-feira agrediu o também conselheiro Arthur Muhlemberg, é cabo eleitoral de Patricia Amorim e “muito próximo” do marido dela, Fernando Sihman.

- A política que desenvolvem lá dentro originou a agressão. O agressor (José Carlos Peruano) fez a campanha dela e é ligado ao marido dela. É claro que estão bancando a torcida para não reclamar dos dez jogos sem vitória. Pelo que é falado nos corredores do clube, há pagamento de material esportivo e ingresso. Fui oito vezes presidente e nunca vi essa calmaria. A terra tem que tremer.

Patricia Amorim rebateu a acusação.

- Ligado em que sentido? Eu quero que diga como. E quero que prove. Ele é sócio - e não fui eu que dei o título. Fui apoiada por muita gente. Siro Darlan fez campanha para mim, o doutor Marcelo Antero fez também. Isso é uma bobagem, é ridículo. Meu marido é ligado a mim, a meus filhos. Fui apoiada por mais gente do bem do que do mal. No caso da agressão, aplicamos a punição máxima que podemos dar, que o clube determina em estatuto. Dei a punição preliminar que o estatuto permite (30 dias) e será criada uma comissão para investigar. Não quero nem saber se é Peruano, se é fulano. Não tenho rabo preso com ninguém. Na minha vida política, não devo nada a deputado, senador, prefeito. Não devo nada.



Nenhum comentário:

Postar um comentário