quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Quinto título em quatro anos faz geração atual entrar para a história do Flamengo

A derrota para o América-MEX, nas oitavas de final da Taça Libertadores de 2008, quase estragou uma geração. Perseguido pela faixa “Brasileiro é obrigação”, o grupo esteve a ponto de ser desmontado. Mas a política de contratos longos e multas rescisórias inibidoras impediu a debandada e refletiu-se na conquista do Campeonato Brasileiro.

A base é antiga. Tem Bruno, Léo Moura, Juan, Ronaldo Angelim e Toró. Todos, com exceção do último, têm mais de 200 jogos pelo clube. Na ciranda das críticas e dos elogios, podem se orgulhar do currículo: são cinco títulos nos últimos quatro anos.

A epopeia começou na Copa do Brasil de 2006. Bruno foi contratado um mês depois do título. De longe, assistiu ao time vencer o vasco. Juan fez o gol da vitória por 1 a 0 na segunda partida. Léo Moura também teve participação decisiva.

No âmbito estadual, a hegemonia é gritante. São três títulos consecutivos e desempenho quase irrepreensível em clássicos. O Flamengo, com o time titular, não perde há mais de dois anos para Flu. O Botafogo também não consegue vencê-lo há dez jogos.


O reconhecimento demorou. Faltava no currículo o Campeonato Brasileiro para apagar alguns fracassos marcantes.

- Esse título foi a consagração de uma geração que está no clube desde 2005 e 2006. É, principalmente, uma base defensiva. Com certeza todos esses jogadores que estão desde essa época merecem muito esse título. Já passamos por muita coisa no Flamengo – disse o zagueiro Ronaldo Angelim.

A questão polêmica, agora, é pontuar a qual patamar da geração. Há quem diga que o Flamengo de 2006 a 2009 só fica abaixo da geração de Zico, que entre 1979 e 1983 conquistou três brasileiros, uma Libertadores, um Mundial e três estaduais.

- Acho que sim, somos a segunda geração mais vitoriosa do Flamengo. Trabalhamos muito por isso, sou muito feliz aqui. E ano que vem a luta continua. Tem a Libertadores – disse Léo Moura

As últimas três participações do clube no principal torneio de clubes do continente terminaram de forma melancólica. Em 2002, o time, que tinha Pet, foi eliminado na primeira fase.

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