O Flamengo se mobiliza novamente para tentar tirar do papel o que é considerado seu mais importante salto de qualidade. No início da semana, a comissão técnica foi reunida para conhecer o projeto do Centro de Treinamento de Vargem Grande. A cada profissional, foram pedidas sugestões em sua área. A construção, aliás, foi projetada para se adequar a eventuais dificuldades para levantar recursos para a obra.
O projeto prevê 
construções em módulos para que, se o clube não encontrar parceiros que invistam, de imediato, os R$25 milhões orçados para a construção, apenas algumas instalações sejam erguidas. A diretoria está no mercado em busca de parceiros e diz estar próxima de anunciar o investidor.
Um dado ilustra a dificuldade. O terreno foi comprado em 1984. Apenas em 2005 o time passou a treinar no local, em instalações provisórias. Os 130 mil m representam mais do que os dois CTs do Cruzeiro, um dos modelos do rubro-negro, que visitou, ainda, o Atlético-PR e o RS. Segundo Alexandre Martins, arquiteto autor do projeto, o Ninho do Urubu terá, na prática, dois CTs: divisões de base e profissionais terão áreas independentes.
Para a base, estão previstos vestiários para jogadores e comissão técnica, departamento médico, sala de musculação e fisiologia, piscina térmica, refeitório, sala de estar, de TV e de assistência social e psicológica. Os profissionais terão, ainda, um auditório para preleções e exibições de vídeo, além de ginásio coberto. O alojamento da base receberá até 156 pessoas. O clube planeja, por exemplo, arrecadar abrigando delegações.
Os profissionais terão alojamento para 48 pessoas e serviço de hotelaria para concentrações, pré-temporadas ou repouso em dias de treino integral. Haverá três campos para a base, dois para os profissionais e dois campos de soçaite para goleiros. Todos serão cercados por pistas de corrida. O projeto prevê, ainda, outro campo com arquibancada para 300 pessoas, para jogos-treinos dos profissionais ou jogos da base.
Hoje, o clube busca licenças de órgãos públicos e estuda projetos de estrutura e instalações. Após esta etapa, a previsão é de dois anos de obras.
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