Em reunião realizada na última terça-feira, a diretoria do Flamengo
acertou extensão de prazo de opção de compra do terreno do Grupo Peixoto
de Castro na Avenida Brasil. São mais 90 dias (três meses) para
aprofundar análises e estudos - principalmente da nova rodovia Ecoponte,
que se não mudar o trajeto pode inviabilizar o projeto - antes do clube
decidir pela aquisição da área de 160 mil metros quadrados na Zona
Norte da cidade do Rio de Janeiro.
No início de setembro, o Flamengo assinou contrato de opção de compra
com o grupo GPC para a construção de seu estádio próprio. O clube avalia
o terreno para a construção de um estádio com capacidade para 50 mil
torcedores. O local - a dois quilômetros de São Januário, casa do Vasco -
fica entre os bairros de Benfica e Manguinhos - ao lado da Avenida
Brasil, na zona norte do Rio.
- Ao longo dos últimos meses fizemos inúmeros estudos sobre o terreno,
topografia, sondagem, contaminação ambiental, além de diversas consultas
aos órgãos públicos envolvidos. Não é simples, são muitos fatores e
questões envolvidas, não podemos entrar numa aventura. Estamos falando
de um investimento na ordem de R$ 500 milhões. Nos próximos meses vamos concentrar na questão da alça de ligação de Ecoponte, que hoje é o nosso principal entrave - explica o vice-presidente de patrimônio, Alexandre Wrobel.
À
O Rubro-Negro contratou empresas para analisar as condições do terreno.
Questões de mobilidade urbana, ambientais, de desintoxicação - na área
funcionava a GPC Química, que produzia resinas termofixas e metanol e
foi desativada em 2013 - foram analisadas. Wrobel explica que a
contaminação não preocupa.
- Os estudos ambientais apontaram uma contaminação rasa, numa área
limitada, que já tínhamos conhecimento, mas não nos preocupa. A alça de ligação da Ecoponte sim. Haveria a necessidade de se alterar um pouco o traçado inicial - diz.
O terreno da Avenida Brasil foi colocado a leilão no dia 31 de maio
deste ano, com preço avaliado em R$ 157 milhões. Não houve interessados e
sequer há previsão de outro leilão. O Flamengo sinaliza com o pagamento
de cerca de R$ 50 milhões pela área do grupo GPC.
O Flamengo analisa duas alternativas ao terreno da Avenida Brasil - um
deles na Zona Oeste. Wrobel conta que ao mesmo tempo que faz todos
estudos necessários para a área da Avenida Brasil também faz todas as
contas para o "business plan" da construção do estádio.
- Esse "business plan" trabalhamos independentemente do terreno que
vier a ser escolhido. De forma embrionária posso falar que é sustentado
em três pontos: os 30% remanescentes do Morro da Viuva, a venda de
cadeiras cativas por um determinado período e a verba de parceiros e
patrocinadores. Nosso objetivo é colocar o projeto de pé, com o menor
custo possível, sem endividar demais o clube - afirma Wrobel.
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