quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Flamengo acerta extensão de prazo de compra de terreno para estádio por mais 90 dias

Em reunião realizada na última terça-feira, a diretoria do Flamengo acertou extensão de prazo de opção de compra do terreno do Grupo Peixoto de Castro na Avenida Brasil. São mais 90 dias (três meses) para aprofundar análises e estudos - principalmente da nova rodovia Ecoponte, que se não mudar o trajeto pode inviabilizar o projeto - antes do clube decidir pela aquisição da área de 160 mil metros quadrados na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. 
 
No início de setembro, o Flamengo assinou contrato de opção de compra com o grupo GPC para a construção de seu estádio próprio. O clube avalia o terreno para a construção de um estádio com capacidade para 50 mil torcedores. O local - a dois quilômetros de São Januário, casa do Vasco - fica entre os bairros de Benfica e Manguinhos - ao lado da Avenida Brasil, na zona norte do Rio. 

- Ao longo dos últimos meses fizemos inúmeros estudos sobre o terreno, topografia, sondagem, contaminação ambiental, além de diversas consultas aos órgãos públicos envolvidos. Não é simples, são muitos fatores e questões envolvidas, não podemos entrar numa aventura. Estamos falando de um investimento na ordem de R$ 500 milhões. Nos próximos meses vamos concentrar na questão da alça de ligação de Ecoponte, que hoje é o nosso principal entrave - explica o vice-presidente de patrimônio, Alexandre Wrobel. 

À esquerda, o terreno na Avenida Brasil, que o Fla tem a opção de compra. À direita, o estádio Vasco da Gama, a casa do rival vascaíno (Foto: Reprodução) 
À esquerda, o terreno na Avenida Brasil, que o Flamengo tem a opção de compra. À direita, o estádio  galinheiro de são januário, a casa do vascaíndo
O Rubro-Negro contratou empresas para analisar as condições do terreno. Questões de mobilidade urbana, ambientais, de desintoxicação - na área funcionava a GPC Química, que produzia resinas termofixas e metanol e foi desativada em 2013 - foram analisadas. Wrobel explica que a contaminação não preocupa. 

- Os estudos ambientais apontaram uma contaminação rasa, numa área limitada, que já tínhamos conhecimento, mas não nos preocupa. A alça de ligação da Ecoponte sim. Haveria a necessidade de se alterar um pouco o traçado inicial - diz. 

O terreno da Avenida Brasil foi colocado a leilão no dia 31 de maio deste ano, com preço avaliado em R$ 157 milhões. Não houve interessados e sequer há previsão de outro leilão. O Flamengo sinaliza com o pagamento de cerca de R$ 50 milhões pela área do grupo GPC. 

O Flamengo analisa duas alternativas ao terreno da Avenida Brasil - um deles na Zona Oeste. Wrobel conta que ao mesmo tempo que faz todos estudos necessários para a área da Avenida Brasil também faz todas as contas para o "business plan" da construção do estádio. 

- Esse "business plan" trabalhamos independentemente do terreno que vier a ser escolhido. De forma embrionária posso falar que é sustentado em três pontos: os 30% remanescentes do Morro da Viuva, a venda de cadeiras cativas por um determinado período e a verba de parceiros e patrocinadores. Nosso objetivo é colocar o projeto de pé, com o menor custo possível, sem endividar demais o clube - afirma Wrobel.

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