Trabalhando
em mais de duas frentes pelo sonho do estádio próprio - já que pleiteia
junto à prefeitura ampliação da Gávea -, o Flamengo planeja faturar com
a Arena da Ilha. O clube prepara apresentação para o mercado
publicitário para buscar patrocinadores e ainda vender os naming rights
do estádio.
Em 2005, o estádio Luso-Brasileiro, também
conhecido como estádio dos Ventos Uivantes, virou Arena Petrobras. A
estatal do petróleo ergueu as arquibancadas para quase 30 mil pessoas
assistirem as partidas. Com a possível manutenção das arquibancadas
instaladas pelo Botafogo, que negocia com o Flamengo a permanência da
estrutura, a ideia agora é faturar com a venda do "nome" do estádio. A
diretoria do Flamengo evita colocar valores e lembra a dificuldade de
outros rivais com estádios novos e ainda sem sucesso em vender os naming
rights de suas arenas.
- Precisamos ver algumas coisas:
quantos jogos vamos fazer lá, qual o apetite do mercado. Não adianta
dizer que esperamos um valor X se o mercado não chega nem perto. Não
trabalhamos assim - explica o vice-presidente de finanças do Flamengo,
Claudio Pracownik, lembrando que a Arena da Ilha também é oportunidade
para desenvolver sócio torcedor no Rio.
A diretoria
rubro-negra aguarda os próximos passos da Odebrecht e do governo sobre a
solução Maracanã. Na Gávea, a sensação é de conforto com a solução
alternativa da Arena da Ilha. A pressão está com o governo, que não terá
o Flamengo como usuário do estádio se não fizer nova licitação ou
aceitar a proposta da CSM. Mais que uma garantia, o estádio
Luso-Brasileiro pode ser uma opção mesmo com um possível acerto com o
Maracanã.
- A Ilha na verdade até pode vir a ser um estádio
complementar. Mas existem possibilidades que serão definidas de acordo
com a definição por parte do Governo do Estado - disse o vice-presidente
de patrimônio do clube, Alexandre Wrobel.
O imbróglio do Maracanã vem se estendendo. Após assumir a gestão do estádio em 2013, o consórcio da Oderbrecht
pediu rescisão do contrato ano passado. Desde então, o Flamengo ficou
irredutível e passou a dizer que não abriria mão de uma administração que
colocasse o clube como o protagonista no estádio. O clube tem um pré-contrato nestes moldes com a CSM.
A abertura recente do Botafogo de alugar o Engenhão para outros clubes jogarem no estádio da zona norte também soou bem pelos lados da Gávea. Dependendo da solução que o governo der ao Maracanã, a solução Engenhão para grandes jogos é mais viável financeiramente ao Flamengo. Neste ano, o Alvinegro não topou abrir negociações e chegou a recusar oferta de R$ 3 milhões por 10 jogos no Engenhão - o acordo serviria também para por fim ao imbróglio judicial do caso da transferência de William Arão para o Flamengo.
A abertura recente do Botafogo de alugar o Engenhão para outros clubes jogarem no estádio da zona norte também soou bem pelos lados da Gávea. Dependendo da solução que o governo der ao Maracanã, a solução Engenhão para grandes jogos é mais viável financeiramente ao Flamengo. Neste ano, o Alvinegro não topou abrir negociações e chegou a recusar oferta de R$ 3 milhões por 10 jogos no Engenhão - o acordo serviria também para por fim ao imbróglio judicial do caso da transferência de William Arão para o Flamengo.
Atual Arena Botafogo vai mudar de cor: preto e vermelho vai predominar na Ilha a partir de janeiro (Foto: Pedro Venancio)
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