Presidente do Flamengo desde o início de 2013, Eduardo Bandeira de
Mello se defendeu das críticas do clube carioca precisar jogar fora do
Rio de Janeiro com o fechamento do Maracanã para os Jogos Olímpicos de
2016. Apesar de a cidade ter sido escolhida como sede da competição há
sete anos, o dirigente disse que ao assumir o comando do clube a
situação financeira não permitia a construção de um estádio, além de
lembrar que o planejamento inicial seria ter o Mário Filho até maio
deste ano.
- Não considero
algumas críticas justas. O Rio de Janeiro foi escolhido o local da
Olimpíada em 2009. Mas a atual administração do Flamengo assumiu 2013.
Qual seria a solução? Construir um estádio? A situação financeira que
encontramos o Flamengo não nos permitia pagar impostos e e salários.
Cada vez que a gente conseguia, a gente comemorava e não sabia se
conseguiria fazer o mesmo no mês seguinte. Era matar um leão por mês.
Nós tínhamos um planejamento também de que o Maracanã estaria disponível
para os clubes até maio de 2016. Então a gente teria um curto período
na preparação do estádio para os Jogos Olímpicos. Então, teríamos de
buscar um novo estádio, como fizemos com Brasília e Volta Redonda até o
retorno do Maracanã. - disse o dirigente ao "Seleção SporTV".
Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo, espera voltar ao Maracanã em setembro (Foto: Reprodução SporTV)
O
dirigente disse que espera voltar a jogar no Maracanã no dia 25 de
setembro, após o fim dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, apesar da
reabertura para os jogos de futebol estar prevista para outubro.
Bandeira de Mello planeja ver o Flamengo enfrentando o Cruzeiro, em
casa, pela 27ª rodada do Brasileirão. Ele lembrou que o Rubro-Negro tem
contrato com o Consórcio Maracanã até o fim de 2016 e uma mudança na
administração do estádio não pode atrapalhar o clube.
- Em
setembro termina a Olimpíada e os Jogos Paralímpicos terminam no dia 18
de setembro. Eu tenho esperança de no dia 25 de setembro estar jogando
contra o Cruzeiro no Maracanã. Se não for contra o Cruzeiro, pode ser no
jogo seguinte. Mesmo que não se defina esse imbróglio sobre a
administração do Maracanã, nós temos um contrato ainda em vigor até o
fim de ano com o Consórcio Maracanã e temos o direito de jogar lá.
O
presidente do Flamengo aproveitou para reafirmar o desejo do clube em
administrar o Maracanã. Bandeira de Mello mostrou-se confiante e deixou
aberta a possibilidade de dividir o controle do estádio com o
Fluminense.
- Esperamos que o Flamengo seja definitivamente o
gestor do Maracanã. O Flamengo tem o interesse e toda condição para
isso. Acredito que não existe nenhuma solução melhor, seja do ponto de
vista técnico, seja do ponto de vista esportivo, com o Flamengo
assumindo com os seus parceiros a gestão do Maracanã. Acho que será a
melhor solução não só para o torcedor, como também para o contribuinte
do estado do Rio de Janeiro. Afinal, o Maracanã é um ativo que pertence
ao estado do Rio de Janeiro e que ao longo desses 66 anos contribuiu, de
certa forma, para sangrar os cofres públicos, além de nem sempre ser
bem administrado (...). Se o Fluminense quiser ser o nosso parceiro,
será muito bem-vindo. Ele pode inclusive escolher se quer ser um
parceiro na gestão, ou se quer ser um contratante do Maracanã, como ele é
hoje com o Consórcio Maracanã. Nós temos uma excelente relação com o
Fluminense e vamos nos dar muito bem nessa nova fase do Maracanã.
O
Flamengo volta a jogar nesta quarta-feira contra o Santos, às 21h45, na
Arena Pantanal. O time carioca está na quinta posição com 30 pontos,
dois atrás do Peixe, que é o segundo colocado no Campeonato Brasileiro.
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