A proximidade das Olimpíadas do Rio em 2016 motiva os cariocas, mas preocupa Flamengo, Fluminense e Botafogo, que ficarão sem casa. A pouco mais de quatro meses da entrega do Maracanã e do Estádio Nílton Santos para organização dos Jogos, o trio ainda procura um lugar para jogar.
O desespero é tão grande que a nova alternativa é o Ítalo del Cima, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, que não recebe uma partida com público desde 2010.
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Engenheiros da Sportlink — empresa contratada para escolher uma nova casa para os três clubes na próxima temporada — vistoriaram o estádio e finalizarão, ainda esta semana, um relatório sobre o que viram.
A ideia é criar uma segunda opção, já que o Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, não convenceu o trio: a reforma do estádio, incluindo a construção de duas arquibancadas de concreto e uma provisória, foi orçada em cerca de R$ 20 milhões. Os projetos serão financiados pela Lei Estadual de Incentivo ao Esporte.
— Há uma corrida contra o tempo. Só para reformar um gramado é necessário de três a quatro meses. Vamos fechar o estudo do Ítalo e apresentar as duas opções para os clubes — explica João Henrique Areias, presidente da Sportlink, que também foi responsável pela Arena Petrobras, na Ilha, com capacidade para 22 mil pessoas durante o Pan de 2007.
Em Campo Grande, não será necessário erguer arquibancadas. Mas pontos como os vestiários e o gramado exigirão trabalho pesado, após muitos anos sem manutenção. Caso seja escolhido, o Ítalo receberá cadeiras de plástico e poderá comportar 20 mil torcedores.
— O estudo vai detalhar se é possível reformar o estádio até 15 de maio, data da primeira rodada do Campeonato Brasileiro — ressalta João Henrique Areias.
Dos três, o Botafogo anunciou que ainda trabalha com a possibilidade de usar o Caio Martins, em Niterói, ou o Estádio Municipal de Juiz de Fora, em Minas. Outra alternativa para os cariocas é o Moacyrzão, em Macaé.
Esperança no clube
Inaugurado em 1960, o Ítalo del Cima já foi considerado o segundo maior estádio do Rio, com capacidade para cerca de 22 mil pessoas. O momento de glória foi na década de 80, quando o Campo Grande foi campeão da Taça de Prata de 1982 (o equivalente à Série B do Campeonato Brasileiro). As fotos da conquista contrastam com o cenário de abandono que o clube enfrenta.
— Esperávamos por essa oportunidade há muitos anos. Não será só o Campo Grande que vai ganhar com isso, mas toda a Zona Oeste, que terá um estádio moderno — analisa o presidente do clube, Humberto Costa.
A situação é tão crítica que o Campusca pediu licença das competições em 2015:
— A nossa ideia é voltar no ano que vem, mas isso só será confirmado em janeiro.
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