Flamengo
e Ronaldinho Gaúcho têm encontro marcado na Justiça do Trabalho na
próxima sexta-feira, mas é possível que a audiência de instrução de
provas seja adiada. Tudo depende da decisão do juiz do caso diante da
possível ausência de Vanderlei Luxemburgo. Ele é testemunha chave para
os rubro-negros mas, por ter de comandar o Cruzeiro no dia seguinte, no
Mineirão, contra o Atlético-PR, pode não comparecer. O depoimento do
treinador e um laudo técnico elaborado por um perito judicial são as
principais armas do clube para reduzir a ação somente ao que o clube
considera dever entre salários e direitos de imagem - algo entre R$ 10
milhões e R$ 12 milhões, em valores atualizados.
Este laudo foi pedido pelo Flamengo à Justiça do Trabalho e ambas as partes puderam indicar um assistente técnico, que poderia abastecer o perito com informações para o laudo. O clube indicou uma assessoria especializada que entregou relatórios com métricas detalhadas do volume e do impacto da exposição negativa supostamente causada por Ronaldinho Gaúcho.
Como o laudo foi favorável aos rubro-negros e teria indicado um alto índice de exposição negativa, o jurídico do clube acredita ser remota a chance de ter de fato de pagar algo próximo do que o jogador pede por danos morais - esse valor, somado aos salários, seria de R$ 40 milhões. A postura continua a ser pelo acordo próximo dos valores que o clube considera dever por salários e direitos de imagem.
A outra "arma" rubro-negra, o depoimento de Luxemburgo, depende da disponibilidade do técnico que se desentendeu seriamente com Ronaldinho Gaúcho no Flamengo, mas recentemente também mostrou decepção com a atual diretoria por sua demissão após ter treinado o time sem contrato e recusado proposta do São Paulo para sair. A ação por danos morais movida pelo jogador foi motivada por pronunciamentos do clube, especialmente quando foi anunciado um suposto exame que apontaria álcool no sangue do jogador e foi desmentido em seguida pelo departamento médico.
Outros
episódios podem depor contra o craque, como o caso da mulher na
concentração em Londrina, que acirrou o clima já ruim entre ele e
Luxemburgo na pré-temporada de 2012 - a "guerra" terminaria com a queda
do técnico em fevereiro. A foto acima retrata uma tentativa frustrada de
reconciliação na preparação para a pré-Libertadores contra o Potosi, na
Bolívia. Também houve a confusão com Assis, irmão e empresário de
Ronaldinho, na loja da fornecedora do clube na Gávea. Na ocasião, ele
pegou um total de quase 40 itens, incluindo camisas oficiais, sem pagar,
alegando que o Flamengo devia ao seu irmão.
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