A
32ª rodada do Campeonato Brasileiro aumentou a temperatura nos extremos
da tabela. Na parte de baixo, o principal beneficiado foi o Palmeiras,
que após a vitória sobre o Bahia viu as chances de rebaixamento caírem
para apenas 3% (contra 20% da semana passada). O Sport também
praticamente deu adeus às ameaças, e agora contra com o risco de 2% de
degola (diante dos 11% anteriormente).
Se a disputa pelo
título ficou muito polarizada entre Cruzeiro (85%) e São Paulo (10%), a
corrida por uma vaga na Libertadores ganhou novos contornos com mais uma
vitória do Fluminense e a derrota do Atlético-MG, igualando as
probabilidades dos dois (40%).
Flamengo e Atlético-PR ficaram
mais perto de sacramentar suas permanências na Série A. Com as vitórias
sobre Chapecoense e Galo, respectivamente, os dois clubes reduziram a
menos 1% a probabilidade de queda. Ambos precisam de apenas dois pontos
nos seis jogos restantes.
- Se os outros times não andarem,
acaba qualquer chance, mas uma rodada ruim pode fazer os dois times
aparecerem na lista novamente. A pontuação para se livrar segue em 45,
mas ninguém vai se surpreender se diminuir, caso os times lá de baixo
continuem não pontuando - explicou o matemático Tristão Garcia.
As
derrotas em casa de Criciúma e Bahia deixaram as duas equipes em
situação dramática. O time catarinense, que perdeu para o São Paulo, viu
suas chances de queda subirem de 85% para 95%. O time baiano, batido
pelo Palmeiras, teve o maior aumento de chances de rebaixamento: de 76%
para 87%. Os dois farão um confronto de desesperados na 35ª rodada,
quando o perdedor poderá até ser rebaixado.
Completando
o Z-4 estão Botafogo e Coritiba. O empate fora de casa com o
Corinthians aliviou um pouco a situação do Coxa, mas nada muito
animador: de 62% para 56%. Jogadores e comissão técnica do Bota não
negavam antes do jogo contra o Cruzeiro que um empate seria um ótimo
resultado. A derrota agravou levemente a situação alvinegra: de 59% para
61%.
Cinco times brigam por duas vagas na Libertadores
Na
briga pela Libertadores, são quatro times separados por menos de 10% de
chances de integrar o G-4. A rodada deu uma mexida grande entre os
times e suas possibilidades. O Corinthians, que empatou em casa, e o
Atlético-MG, derrotado fora, viram suas chances diminuir drasticamente. O
Timão caiu de 56% para 31%. O Galo, que na última semana estava na
terceira posição e tinha 61%, caiu para quinto, com 40%.
As
chances do Galo são as mesmas do Fluminense, que praticamente dobrou sua
porcentagem com a vitória fora de casa contra o Goiás. Subiu de 23%
para 40%. Em terceiro agora está o Internacional, que venceu o Santos
fora de casa e aumentou suas chances de 45% para 64%. O Peixe não pode
mais alcançar os 66 pontos, que seria o mínimo, na avaliação do
matemático, para garantir a vaga, e com isso é considerado fora da
briga.
- Os critérios para as probabilidades são os caminhos
que os times ainda têm pela frente, por isso o Fluminense está na frente
do Atlético-MG. O caminho do Flu é, teoricamente, mais tranquilo.
Ninguém irá se surpreender se a pontuação para a Libertadores, que hoje
segue em 66, subir para 67. Todos estão pontuando ali na frente - disse
Tristão.
Vale
lembrar que a briga por uma vaga na Libertadores pode ter influência da
Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana, com o G-4 podendo virar G-3 ou
G-5. Entenda essa situação clicando aqui.
Disputa do título praticamente polarizada
Cruzeiro
e São Paulo, primeiro e segundo colocados respectivamente, estão
praticamente garantidos na Libertadores. O time mineiro tem 99% e o
paulista, 92%. Com as vitórias de ambos no fim de semana, a briga pelo
título se limita a eles, mas com grande vantagem do atual líder. São 85%
de chances do título ficar em BH, as mesmas da última rodada, e 10% de
ir para o Morumbi, 2% a mais que na rodada 31.
- As chances do
Cruzeiro não mudaram porque a vitória sobre o Botafogo era "obrigação".
O Cruzeiro tinha média de 2,33 pontos em casa antes do jogo, e o
Botafogo tinha média de 0,33 fora de casa. O Cruzeiro era amplo
favorito, por isso não alterou suas chances. O São Paulo jogou fora de
casa, mesmo sendo o Criciúma, era fora de casa. A média do Criciúma em
casa era melhor que do São Paulo fora, então pode se dizer que foi uma
vitória inesperada - afirmou Tristão.
Internacional (2%), Fluminense (1%), Atlético-MG (1%) e Grêmio (1%) ainda aparecem na lista.
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