Todo santo dia Rodolfo deixa Mesquita, município da Baixada Fluminense,
para ir a Vargem Grande, bairro da Zona Oeste do Rio. Em média, o meia
dirige por 40 quilômetros até o Ninho do Urubu para treinar, num
percurso que dura quase uma hora e meia. Na passagem pelo bairro da
Taquara, uma parada tradicional na casa de Rafinha. O atacante, novo
xodó rubro-negro, aproveita a carona do amigo para ir ao CT. E é assim
que eles pretendem alcançar o sucesso entre os profissionais do clube:
juntos.
- O caminho que eu faço passa na frente da casa dele. Todo dia ele me
liga, pergunta se está de pé e vai e volta comigo. Está sendo bom, um
orienta o outro, estamos com os pés no chão. Ele fala comigo, eu falo
com ele, a gente ri um da cara do outro. Desde os juniores que ele me
ajuda, desde a base temos trabalhado juntos. Eu no meio e ele no ataque.
É só jogar a bola na frente que ele pega (risos) – disse Rodolfo.
Rodolfo e Rafinha, jovens valores do time do Flamengo (Foto: Editoria de arte)
Rafinha ainda não senta na janela no Flamengo, mas está um passo à
frente do companheiro. Passadas sete rodadas da Taça Guanabara, é
titular absoluto da equipe de Dorival Júnior e conquistou os torcedores,
que até já disseram que ele é melhor que Neymar. Rodolfo, aos poucos,
ganha espaço. Substituto de Carlos Eduardo no segundo tempo do clássico
do domingo passado, o garoto, de 19 anos, que terá o contrato renovado,
agradou e recebeu elogios de Dorival Júnior. Segundo ele, enfim conseguiu se sentir leve numa partida.
- A ansiedade bateu no primeiro jogo. Contra o Quissamã, na estreia, a
torcida estava gritando e até fiquei viajando um pouco, fiquei prestando
atenção no que acontecia fora. Quando vi a torcida estava gritando meu
nome, até acostumar é difícil. Se você erra a primeira bola, não fica
com tanta confiança. Mas estou me soltando, o professor falou para
continuar assim, para jogar com calma e simplicidade nos jogos.
A próxima “viagem” de Rodolfo é chegar ao time titular. Ele vai com calma, num passo de cada vez para não tropeçar.
- Passa pela minha cabeça ser titular do Flamengo, claro que passa, é o
clube que sempre quis jogar. Mas é uma coisa de cada vez, primeiro
tenho que procurar meu espaço no grupo. Aí aos poucos vou vivendo novas
experiências.
O meia já experimentou um pouco de quase tudo desde que foi promovido a
profissional, mas falta o gol. Contra o Botafogo, aos 17 minutos do
segundo tempo, chegou tão perto que não acreditou que a bola havia
passado por cima do travessão alvinegro. Depois do passe de Rafinha e o
drible no goleiro Jefferson, o chute se perdeu pela linha de fundo.
- Estou bastante ansioso pelo gol. Não vejo a hora. Contra o Nova Iguaçu, o Hernane tirou meu gol (risos). Contra o Botafogo, me desequilibrei e chutei por cima.
A bola estava muito colada no meu corpo, não era um lance fácil. Não
chega a ser inacreditável (risos). Mas não tem nada, não. Tomara que
venha num clássico, numa semifinal ou final.
Rodolfo diz que não se empolga com o bom desempenho na última partida. Gostou do que fez, gostou da repercussão, mas já pensa no próximo compromisso, sábado, contra o Olaria.
- Não pode se iludir com isso. No jogo seguinte já pode ser vaiado. Você joga uma partida bem, e a torcida começa a gritar seu nome. Está sendo bom, os mais experientes procuram orientar da melhor forma possível para ter os pés no chão.
Rodolfo diz que não se empolga com o bom desempenho na última partida. Gostou do que fez, gostou da repercussão, mas já pensa no próximo compromisso, sábado, contra o Olaria.
- Não pode se iludir com isso. No jogo seguinte já pode ser vaiado. Você joga uma partida bem, e a torcida começa a gritar seu nome. Está sendo bom, os mais experientes procuram orientar da melhor forma possível para ter os pés no chão.
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