O técnico Dorival Júnior completou um turno à frente do
Flamengo na partida contra o Cruzeiro, no último sábado. Ao longo de 19
jogos ele fez inúmeras mudanças na equipe, chegou a ter uma nítida
melhora, mas agora está numa fase complicada e passou a ser o último
colocado na tabela do segundo turno do Campeonato Brasileiro, com apenas
uma vitória em 11 partidas.
Dorival Júnior conseguiu, até agora,
somar 21 pontos com o Fla. Um aproveitamento de apenas 37%, melhor
somente do que os quatro últimos colocados. Já o criticado Joel Santana
teve um aproveitamento de 45% e mesmo assim acabou sendo demitido. É
fato de que ele também já havia fracassado no Campeonato Carioca e na
Copa Santander Libertadores.
Mas Dorival Júnior também pode dizer
ser uma vítima de inúmeros fatores que prejudicam sua caminhada nesses
19 jogos. Até agora ele ainda tem dificuldade de dizer qual é sua
equipe-base e, muitas vezes, esbarra nos inúmeros desfalques. O
treinador só conseguiu repetir a escalação em uma única vez.
Dois
jogadores considerados fundamentais no esquema, González e Cáceres,
estão frequentemente com suas seleções na disputa das Eliminatórias da
Copa do Mundo e desfalcam o time em quase metade das partidas no
Brasileiro. Vale lembrar também os constantes atrasos salariais. Só isso
explica, Dorival?
– Explicação é difícil. A rotatividade dos
jogadores é muito grande. Refazer a equipe dentro da competição é muito
difícil. E alterar em um momento em que você ainda não alcançou o
padrão, fica comprometido, até porque não estamos sendo regulares. Essa
partida seguinte (contra a Portuguesa, na quarta-feira) talvez é a que
menos perdemos jogadores. E para uma equipe que tem que se refazer
dentro de um torneio difícil como esse, isso fica complicado – explicou.
Apesar
do discurso, o Flamengo já tem três desfalques certos para o próximo
jogo. Léo Moura, Wellington Silva e Adryan estão fora.
A falta de
reforços também atormenta Dorival. Sem nenhum nome de impacto contratado
até o fechamento da janela, jogadores que estavam na Segunda Divisão,
como Renato Santos e Cleber Santana, ex-Avaí, passaram a ser
fundamentais na formação atual do time.
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