O Flamengo apresentou uma nova cartada na briga judicial contra Ronaldinho Gaúcho,
mas ainda não tem a certeza de que será o esperado tiro de canhão
prometido pelo departamento jurídico. Pelo contrário. Na última
terça-feira, o departamento jurídico rubro-negro entrou com ação pedindo
uma indenização ao jogador do Atlético-MG no valor de R$ 40 milhões,
mesmo montante exigido pelos advogados de Ronaldinho. E, ao mesmo tempo
em que representantes do ex-camisa 10 desdenham da ação, o próprio clube
não tem garantia do sucesso da manobra. Até o fim da tarde desta
quarta, o juiz que está encarregado de analisar o caso não deu nenhum
parecer, o que deve acontecer nesta quinta. O Rubro-Negro teme que o
pedido nem mesmo seja aceito.
O Flamengo alega que o dinheiro é para ressarcir o clube do prejuízo que o craque causou com o fracasso de sua passagem.
- Eu ainda nem sei o que estão pedindo, não tive acesso aos autos. Nada
que vem do Flamengo me preocupa. Se tivessem alguma coisa muito
pautável, já teriam cassado a liminar, não é? – disse Gislaine Nunes,
advogada de Ronaldinho Gaúcho, por telefone.
O Flamengo cita ainda no processo que o clube só firmou, mesmo sem a
ajuda da Traffic - empresa que inicialmente era responsável por parte
dos salários do jogador -, novo contrato com Ronaldinho em janeiro deste
ano porque ele teria ameaçado não participar da Libertadores.
Até agora, as investidas do Rubro-Negro têm sido em vão. Primeiro, foi
uma notificação ao Palmeiras ameaçando cobrar do clube uma indenização
de R$ 325 milhões caso acertasse com Ronaldinho Gaúcho. No documento
assinado pela presidente Patricia Amorim, o Flamengo dizia ter indícios
da negociação. Três dias depois, o jogador acertou com o Atlético-MG.
Depois, foi a vez de o vice-jurídico do Flamengo, Rafael de Piro,
revelar a existência de um exame que apontava álcool no sangue de
Ronaldinho. O médico José Luiz Runco negou que existisse a tal prova, e
os advogados do jogador devem entrar com um processo por danos morais.
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