A possibilidade do acerto do Flamengo com novo patrocinador para a
barra da camisa reforça que clube e Traffic ainda estão distantes de um
entendimento sobre a parceria por Ronaldinho.
O Conselho
Fiscal do Fla analisará, nesta semana, uma proposta da Mobil por esse
espaço pelo período de uma temporada. A oferta é de R$ 5 milhões e faz
parte de um imbróglio que envolve a Cosan Combustíveis Lubrificantes
S.A..
A questão torna-se conflitante e inclui a Traffic
pelo fato de que a empresa, por meio de acordo firmado com o Flamengo
no fim do ano passado, teria exclusividade da barra da camisa e do
calção do uniforme rubro-negro.
Seria ela a responsável por garimpar o patrocínio e, como consequência, teria direito a 100% dos lucros obtidos com a transação.
Como
o contrato entre Flamengo e Traffic ainda não foi assinado, o clube, no
momento, não leva em consideração o pedido da empresa e aguarda pela
aprovação. O valor oferecido pela Mobil, inclusive, é visto com bons
olhos pelo Fla.
Além desta oferta, o Rubro-Negro poderá reativar o
contrato com a Brasil Brokers. Nos últimos quatro meses do ano, o grupo
de venda de imóveis estampou sua marca no ombro da camisa. A ideia é
repetir a ação a partir de um novo contrato.
A nova proposta
da empresa, por sua vez, ainda não foi encaminhada para o Flamengo.
Somente depois, ela, então, poderá ser apreciada pelo Conselho Fiscal.
A
pendência entre Flamengo e Cosan remonta ao uso indevido de um posto de
combustível em uma área da Gávea. O processo corre na Justiça desde
1994 e poderá render ao Flamengo, por meio do acordo que está sendo
costurado, aproximadamente R$ 8 milhões.
A expectativa é de que as partes cheguem a um entendimento ainda nesta semana.
O montante relativo ao que a Cosan deverá pagar ao clube não inclui os R$ 5 milhões que fazem parte da proposta de patrocínio.
Imbróglio em compasso de espera
Há
mais de dez dias, a Traffic encaminhou a versão do contrato lhe cabia
para oficializar a parceria, no intuito de ser analisada pelo Flamengo. E
desde então, não houve mais contato entre as partes. Neste momento, o
grupo considera que o caso está em compasso de espera.
O
LANCE! tentou falar com Fernando Gonçalves, diretor da empresa, mas não
obteve retorno das ligações durante a segunda-feira. Da parte do
Flamengo, as negociações estão sendo conduzidas pelo vice de finanças,
Michel Levy, e pelo vice jurídico do Fla, Rafael De Piro.
O clube propôs à Traffic que pelo menos o contrato que envolve as questões ligadas ao patrocínio fosse assinado primeiramente.
A
empresa de marketing esportivo, por sua vez, avisou que só oficializará
a parceria quando forem acertados os detalhes dos outros contratos que
dizem respeito ao programa de fidelidade e ao projeto do sócio-torcedor.
O pagamento, por parte da Traffic, de R$ 3,75 milhões a Ronaldinho
também será efetuado quando as partes assinarem a parceria.
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