Dezoito jogos bastaram para Alex Silva dimensionar o tamanho do
Flamengo. Para o bem e para o mal. Desde agosto no clube, o zagueiro diz
que está completamente adaptado e ciente da cobrança que cerca o
Rubro-Negro. Nas últimas rodadas do Brasileirão, quando a equipe corria o
risco de ficar fora da Libertadores, Pirulito foi muito criticado ao
dizer que os torcedores não deveriam vaiar o time. Com a vaga
assegurada, ele faz planos. Quer a taça que já esteve muito perto.
- Será importante voltar à Libertadores. É um título que eu não tenho,
gostaria muito de ganhar. Em 2006, com o São Paulo, cheguei à final
contra o Inter e perdi. Em 2007 e 2008, saímos nas quartas. Em 2008, o
Fluminense nos tirou no último minuto. Em 2010, perdemos para o Inter na
semifinal. A Libertadores eu conheço bastante, foram quatro edições.
Mas esta será especial. Primeiro porque é a primeira vez que vou jogar a
primeira fase, uma decisão para entrar em um dos grupos. E por ser um
sonho para o Flamengo voltar a ganhar. É um sonho da torcida que o
Flamengo possa daqui para frente disputar torneios sul-americanos.
Pela Libertadores, o Flamengo quer reeditar a dupla Alex Silva/Miranda,
que fez sucesso no São Paulo de 2006 a 2008. O clube tenta a
contratação do ex-parceiro de zaga do Pirulito, atualmente no Atlético
de Madri. O negócio, considerado quase utópico por parte da diretoria, é
conduzido por Luiz Vianna, amigo pessoal do diretor de futebol Luiz
Augusto Veloso.
Outro nome em pauta para a posição é Rafa Márquez. A diretoria negocia a
contratação do zagueiro mexicano, ex-Barcelona e que atualmente está no
New York Red Bulls, dos Estados Unidos. O clube rubro-negro trata
diretamente com o jogador, que é dono dos seus direitos econômicos, e
espera uma resposta até esta sexta-feira.
Alex aprova os nomes e diz que a equipe vai precisar de reforços que tenham intimidade com competições internacionais de peso.
- Não tive mais contato com o Miranda depois que ele saiu. Lembrando
que nosso grupo tem David Braz, Gustavo, Welinton, que terminou o ano
como titular, mas o Miranda é experiente, acostumado com a Libertadores.
Tivemos a felicidade de fazer uma das melhores defesas do Brasileiro, é
um companheiro com quem me entendo só no olhar. Se vier, vai ser
bem-vindo. O Rafa Márquez também. Todo jogador desse nível, acostumado a
disputar torneios sul-americanos, é bem-vindo para esse momento do
Flamengo. A Libertadores é totalmente diferente do Brasileiro, é tiro
curto. Tem que trazer jogadores experientes. O Flamengo precisa de
jogadores que conheçam a Libertadores.
No início do ano, o ‘jogo do ano’
O zagueiro passa férias com a família em Amparo, no interior de São
Paulo. No dia 3 de janeiro, volta ao trabalho com o grupo para a
pré-temporada em Londrina, no Paraná. No início de 2012, a equipe terá o
"jogo do ano". Nos dias 25 de Janeiro e 1º de fevereiro, vai enfrentar o
Real Potosí, da Bolívia, na primeira fase da Libertadores. O
classificado vai entrar no Grupo 2, que terá um equatoriano, um
paraguaio e o argentino Lanús.
Alex vai jogar na altitude pela primeira vez. Potosí está 4.000 metros
acima do nível do mar. Ele reconhece que subir o morro assusta,
especialmente num confronto de tamanha importância para a sequência da
temporada rubro-negra.
- É a primeira vez que vou passar por uma situação assim. Assusta, a
gente sabe que vai ser ruim, mas não tem outro jeito. Se tivéssemos
vencido os últimos jogos do Brasileiro, não estaríamos nessa situação de
pré-Libertadores. Infelizmente surgiu esse obstáculo, temos que
batalhar e vamos conseguir saber lidar com esses dois jogos. Segurar um
pouco mais em um, acelerar no outro. Depende muito de como vai ser a
nossa preparação também.
O Flamengo ficará em Londrina até o dia 15. Depois, viaja para Santa
Cruz de La Sierra e chegará a Sucre no dia 17 para começar os treinos e a
aclimatação. Sucre fica a 164 km de Potosí e 2.800 metros acima do
nível do mar. A viagem para o local da partida será apenas no dia do
confronto.
- Nas últimas rodadas do Brasileiro, o Flamengo viveu de decisões e não vai ser diferente. Vamos chegar dez dias antes para a preparação. Por ser o jogo do ano, a comissão técnica está se preparando bem, não é fácil pegar um jogo assim logo depois das férias. Mas o Vanderlei (Luxemburgo, técnico) e o Mello (Antônio, preparador físico) são experientes, vão segurar os jogadores no início do Carioca (o time estreia dia 21, contra o Bonsucesso, no Rio).
- Nas últimas rodadas do Brasileiro, o Flamengo viveu de decisões e não vai ser diferente. Vamos chegar dez dias antes para a preparação. Por ser o jogo do ano, a comissão técnica está se preparando bem, não é fácil pegar um jogo assim logo depois das férias. Mas o Vanderlei (Luxemburgo, técnico) e o Mello (Antônio, preparador físico) são experientes, vão segurar os jogadores no início do Carioca (o time estreia dia 21, contra o Bonsucesso, no Rio).
Alex Silva curte os últimos dias de 2011 satisfeito com o desempenho pelo Flamengo, mas reconhece que ainda tem de evoluir.
- Faço uma avaliação positiva por ter conquistado a vaga na
Libertadores. Não foi fácil para mim, fiquei dois meses sem jogar, perdi
a forma física. Tive que recuperar no meio do Brasileiro, não estava
muito bem. Mas consegui uma sequência de jogos e acabei o ano como
titular e ajudando o Flamengo no seu objetivo.
Também colaborei para que
o Welinton crescesse de produção. Tenho muito a melhorar e vou
aproveitar a pré-temporada com o grupo, o estadual, para evoluir
fisicamente. A mudança de clube também foi complicada. No São Paulo,
conhecia todos os jogadores, sabia a maneira de cada um pensar. Quando
você chega, fica acanhado para dar dura nos companheiros. Mas me
adaptei. Flamengo e São Paulo são grandes, mas a cobrança no Flamengo é
muito maior. Agora posso dizer que conheço o clube.
Nenhum comentário:
Postar um comentário