Marcar Neymar está longe de ser uma tarefa das mais fáceis, mas
Vanderlei Luxemburgo demonstrou preocupação em não ter ainda mais
empecilhos para anular a principal arma do Santos. Adversário do Peixe
no domingo, às 18h (de Brasília), no Engenhão, em partida válida pela
31ª rodada do Brasileirão, o treinador falou em "prevenção" dos árbitros
com relação à maior revelação brasileira dos últimos anos e pediu que o
tratem com igualdade dentro de campo.
- Jogadores diferentes, craques, sempre são difíceis de serem marcados.
Ele é craque, jovem, talentoso. Se dermos espaço, muita coisa pode
acontecer. O que não pode é ter marcação antecipada, com declarações de
que ele recebe muitas faltas, que não podem chegar nele, etc... Há uma
prevenção. Fico lendo jornais, assistindo a programas, mas espera aí. O
Neymar é talentoso, mas não é proibido marcar com lealdade. O juiz não
pode achar que as faltas são maiores por serem nele. Que apite o jogo
normalmente.
Para exemplificar o argumento, o treinador citou um episódio negativo
de um jogador de sua própria equipe. Em tom de puxão de orelha, Luxa
recriminou a entrada de Airton em um jogador chileno na derrota por 4 a 0
para La U, quarta-feira, pela Copa Sul-Amerincana, e pediu que os
critérios sejam os mesmo para “vítimas” desconhecidas ou superexpostas,
como Neymar.
- Condeno a atitude do Airton. Na hora, fiquei bravo, mas depois, vendo
a imagem, achei totalmente desnecessário fazer aquilo com um colega de
profissão. Seja de um outro país ou seja o Neymar, o cara tem que ser
penalizado.
Diante da repercussão pelas recorrentes chegadas mais fortes de Airton
em adversários, Vanderlei Luxemburgo fez questão também de desvincular
do Flamengo o rótulo de equipe violenta, e usou as estatísticas do
Brasileirão para isso.
- O Flamengo é violento? Não. Tomamos poucos cartões, somos o time que
fez menos falta. Como podemos ser violentos? Podemos falar pontualmente
de um atleta que teve uma atitude inconveniente ruim para o jogo e para o
esporte.
Com 487 faltas, o Mengão é o time que menos cometeu infrações na
competição, além de ser o nono no ranking de cartões amarelos, com 76, e
11º no de vermelhos, com quatro. Nem todas as punições, porém, foram
consideradas justas por Luxa.
Sem Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho, suspensos, para o confronto com
os santistas, ele repetiu que considerou injusto o amarelo para o camisa
7, recebido diante do Ceará, por suposta cera. E lembrou que na derrota
por 4 a 1 para o Atlético-GO, pela 17ª rodada, o Fla já tinha entrado
em campo fragilizado após inúmeros cartões no empate por 2 a 2 com o
Figueirense.
- É preciso ter sensibilidade. O Thiago me disse que estava morto,
pediu para ser substituído. O árbitro deu o cartão e causou um prejuízo
ao Flamengo. Contra o Figueirense também foi assim.
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