Nascido em Bento Ribeiro, Adryan já foi ligado a Ronaldo Fenômeno em alguns momentos de sua ainda curta
carreira. Desde janeiro, também tem de lidar com comparações a
Ronaldinho Gaúcho, camisa 10 e rubro-negro assim como ele. Como todo
jovem, porém, o meia titular da Seleção Brasileira sub-17 almeja ser
lembrado pelo futuro que irá construir dentro das quatro linhas. As
coincidências limitam-se a um mundo fantasioso, mas não o impede de
aspirar trajetória semelhante às de seus ídolos.
No México com o Brasil para o Mundial da categoria, Adryan tem
dificuldades para puxar pela memória quando o seu atual companheiro de
clube surgiu com a bola internacionalmente. Foi em setembro de 1997,
também no Mundial sub-17, disputado no Egito. Com três anos
na época, Adryan precisou recorrer à tecnologia para ver Gaúcho se
divertir.
– Eu vi alguns vídeos do Ronaldinho no Egito de quando ele tinha 17
anos. Era bastante moleque, gostava de pagode para caramba que eu vi. Já
era bom (risos) – disse Adryan, fã do cantor Belo (e também da
Shakira).
Adryan sorri com gol marcado em treino na Granja Comary (Foto: Alexandre Durão / GLOBOESPORTE.COM)
Ronaldinho foi um dos grandes nomes da campanha vitoriosa, que teve
outros destaques como Fabio Pinto, Matuzalém e Geovani, ex-Barcelona e
hoje no Vitória. O Gaúcho marcou dois gols, além de dar assistências
importantes em jogos-chave contra Argentina, Alemanha e Gana, na final
vencida por 2 a 1. Foi a chave que abriu as portas para o sucesso de ao
menos uma década, com conquistas da Copa do Mundo, Liga dos Campeões,
Campeonatos Espanhois... Fora os prêmios individuais.
– Foi realmente uma carreira brilhante que ele teve, muito boa mesmo.
Às vezes converso com ele no Flamengo, ele me dá alguns toques. Fico
muito feliz de ter uma pessoa dessa do meu lado conversando sempre,
alguém que eu admiro muito, não só eu como todo mundo. E tirá-lo como
exemplo. Ele já disse que é para ter paciência, que as coisas vão
acontecer, e bola para frente. Tenho que ouvir a voz da razão, né
(risos).
Os poucos meses de convivência com R10 já foram suficientes para Adryan
perceber a dimensão de quem já foi eleito por duas vezes o melhor do
mundo. O que mais lhe impressionou?
– O respeito que as pessoas impõem sobre ele. Ele lá dentro exerce o
respeito de todo mundo muito grande. Mesmo tendo a carreira que ele teve
chega na hora, sempre está dedicado aos treinos e, poxa, poderia muito
bem com o que ele tem e conquistou ser um profissional agora no fim de
carreira que não se importasse muito com essas coisas. Mas a partir do
momento que é um profissional ele está fazendo por onde.
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