Aos 55 anos, Runco faz arte da equipe de médicos da equipe profissional de futebol do Flamengo e da Seleção Brasileira de Futebol há 12 temporadas, desde 1998. Segundo o médico rubro-negro, o objetivo desta comissão que foi criada pela CBF é de alertar para o fato de que muitas carreiras podem acabar sendo encurtadas por conta de superexposição dos atletas.
"O nosso objetivo é preservar a saúde dos atletas. Temos um calendário cada vez mais inchado e exigência física extremamente intensa. Vamos conversar sobre o assunto regularmente e tentar melhorar essa questão para todos. A carreira do jogador deve ser preservada", afirmou Runco, que acredita que a concentração no futebol brasileiro deveria ser depois dos jogos, para evitar ainda mais desgaste.
"O desgaste após os jogos é muito superior. Os jogadores precisam se alimentar bem, descansar, e isso tem que ser controlado, mas não acontece. Como esses atletas vão entrar em campo três dias depois? Fica complicado. Isso só favorece ao aparecimento de lesões musculares e fraturas, que é o que desejamos evitar", explicou.
Médico renomado e experiente no mundo do futebol, o doutor lembra ainda que há um certo amadorismo em alguns aspectos da medicina esportiva no Brasil, o que não pode mais acontecer.
"Tem clube que viaja sem médico, na segunda divisão, e contrata médico na cidade onde vai jogar. Já ouvi isso de jogadores. Essa mentalidade não pode existir nunca. A saúde do atleta está em primeiro lugar. É fundamental ter a parceria com os jogadores, eles precisam confiar nos médicos dos clubes. Além disso, também tem que existir uma melhora no calendário, com menos jogos e mais tempo de descanso", finalizou.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Doutor Runco, do Flamengo, cria comissão médica da CBF
O médico do Flamengo e da Seleção Brasileira, doutor José Luiz Runco, lançou, nesta terça-feira (07.12), um novo projeto para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Runco anunciou, em palestra pela manhã, no Footecon, a criação de uma comissão médica para analisar e observar de perto os problemas de saúde que podem afetar os profissionais do esporte. O debate tinha como tema o calendário do futebol brasileiro, que por muitas vezes desgasta os jogadores, com quatro competições e mais de 50 jogos por temporada.
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