"É uma coisa que eu não estou acostumado, mas não me preocupo com isso. Não me abalo com as vaias e nem me empolgo com os aplausos. Sei que se jogar bem os 90 minutos e falhar nos acréscimos serei cobrado. Mas é claro que fico feliz com o reconhecimento da torcida", disse.
Típico atleta que "joga para o time", Jaílton tem um papel importantíssimo no esquema do técnico Caio Júnior. É ele que protege a zaga e ajuda os zagueiros. O volante se defende das criticas e do apelido de "brucutu" e possui a seu favor dois argumentos incontestáveis: não é expulso desde 2006, quando ainda jogava no Ipatinga, e tem uma média de duas faltas por jogo neste Brasileirão.
"Muitos confundem seriedade com violência. Na posição em que jogo, não posso dar mole senão os atacantes saem na cara do gol. Então tenho que marcar em cima e muitas vezes a falta se faz necessária. Mas as pessoas preferem dizer que sou violento, em vez de analisar o contexto do lance em que a falta aconteceu. São esses comentários que digo que são críticas sem sentido. Mesmo assim, estou sempre analisando o que fiz durante o jogo passado para melhorar no seguinte", explica.
Os números, aliás, são aliados do jogador desde que chegou ao Flamengo, em 2007. Em 78 jogos, sendo 64 como titular, São 43 vitórias, 17 empates e 18 derrotas, com um aproveitamento de 62,71%. Sem o volante em campo, o rendimento do time cai para 57,01, com 20 vitórias, 10 empates e 10 derrotas, em 38 jogos.
Além disso, o jogador nunca foi expulso jogando pelo rubro-negro. Nessas 78 partidas o jogador recebeu apenas 12 cartões amarelos, o que dá uma média de um cartão a cada 6,5 jogos.
"No início, quando cheguei ao Flamengo, assim como todo jogador, você joga para mostrar a todos que valeu a pena o clube ter te contratado. Quer agradar à torcida, à diretoria, ao treinador, aos companheiros etc. Hoje, depois de um ano e meio e quase 80 partidas pelo clube, já entro em campo mais tranqüilo, ciente de que tenho uma função a cumprir dada pelo treinador e foco em fazê-la da melhor forma possível. Para isso entro muito concentrado e não me preocupo mais se A ou B vão criticar ou elogiar. Só me preocupo em ajudar o Flamengo a sair de campo com a vitória", analisa.
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