segunda-feira, 2 de junho de 2008

Pelé cobra profissionalismo de cartolas e cita Flamengo como exemplo negativo


Para Rei do Futebol, dirigentes do Flamengo deveriam usar a torcida, maior patrimônio do clube, para ganhar muito dinheiro.

As críticas feitas por dirigentes à Lei Pelé conseguem algo bastante raro: tirar o sorriso do rosto do Rei do Futebol. Durante solenidade de assinatura de uma parceria para o projeto Campus Pelé, em Santos, nesta segunda-feira, o Atleta do Século comentou os ataques que a legislação sofre e disse que a culpa pela crise financeira pela qual a grande maioria dos clubes brasileiros atravessa é dos próprios dirigentes.

Em seu discurso, Pelé acabou citando o Flamengo como exemplo de clube que poderia ser uma potência mundial se fosse melhor administrado.

- A administração do futebol brasileiro tem de ser mais profissional. Alguns presidentes de clubes ficam chateados quando eu digo isso, mas é verdade. A gente vê que clube que é bem administrado, como o São Paulo , não enfrenta problemas, como acontece com o Flamengo. É o time com maior torcida do Brasil. Por isso, é uma pena ver o Flamengo passar pelo que está passando - diz.

Para Pelé, o Flamengo perde muito dinheiro ao não aproveitar a marca e o seu enorme número de torcedores para ganhar dinheiro com venda de produtos licenciados, por exemplo.

- Se fosse profissionalmente organizado, só com os direitos de vendas de produtos, o Flamengo se manteria, assim como o Corinthians também se manteria - comenta.

Pelé diz que a lei que leva o seu nome foi boa para os jogadores e seria também para os clubes, se os dirigentes tivessem se organizado melhor.

- Todos já sabiam que a Lei do Passe era inconstitucional e ia acabar caindo mais cedo ou mais tarde. Agora, os dirigentes falam que os jogadores estão saindo mais cedo por causa da Lei Pelé. O grande problema é que os clubes não são bem administrados e não conseguem segurar jogadores.

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