Renato ainda tinha uma saída. Como tem um chute forte, assumia as
cobranças de longa distância. Para Bottinelli, chances raras. Houve um
momento em que a torcida, já impaciente com Ronaldinho, chegou a pedir
que ele tentasse em jogos no Engenhão. Em vão.
Em 16 meses, Ronaldinho Gaúcho, agora jogador do Atlético-MG, disputou
74 jogos com a camisa rubro-negra. Foram 28 gols marcados e apenas
quatro em cobranças de falta. Na saída do clube, em 31 de maio, o jejum
já passava de oito meses. O último gol marcado por ele de falta foi em
21 de agosto de 2011, no empate por 2 a 2 com o Internacional, em Porto
Alegre, pelo Campeonato Brasileiro. Além de atuações ruins, o astro não
conseguia mais corresponder nem num fundamento que sempre foi
especialidade dele.
- Hoje tenho um pouco mais de oportunidade para bater faltas. A saída
do Gaúcho deixou o lugar vago. Mas não tenho preferência para bater. Mas
naturalmente a chance é dada sempre para quem está treinando. E eu
estou sempre treinando, assim como Bottinelli e o Mattheus, que chegou
agora. Os três, se estiverem nos jogos, vão ter condições de bater. Não
tenho vaidade nenhuma em relação a isso – disse Renato.
No gol marcado contra a Ponte Preta, ele apresentou um estilo diferente
na cobrança. Manteve a força na perna esquerda, mas num chute colocado.
O desvio na barreira ainda ajudou. Ele explica que tem tentado variar.
- Sempre entro em campo tentando fazer algo diferente. Procuro
aprimorar, colocar mais qualidade. Procuro bater da maneira que bato
sempre, ma é importante testar uma mudança. Até porque a barreira nunca
está no local certo. Isso com certeza isso faz diferença.
O Flamengo está escalado para a partida contra o Peixe. As equipes se
enfrentam às 16h (de Brasília), no Engenhão, pela quinta rodada. Joel
Santana definiu a equipe com Paulo Victor, Wellington Silva, Marllon,
Marcos González e Magal; Airton, Renato, Luiz Antonio e Ibson; Diego
Maurício e Vagner Love.
Nenhum comentário:
Postar um comentário