sábado, 4 de setembro de 2021

Projeto europeu do Flamengo prevê vaga na Champions em até oito anos e aumento de patrimônio em R$ 150 milhões

 A boa aceitação do Conselho de Administração do Flamengo após a apresentação do projeto de internacionalização da marca do clube, na última quinta-feira, aumentou o otimismo por um desfecho positivo.


Na apresentação, que agradou até mesmo a opositores, a diretoria mostrou os conceitos básicos do plano de assumir o controle de um clube na Europa - o Tondela é o clube com que tudo está mais encaminhado.

Durante a apresentação, o vice-presidente de Finanças do Flamengo, Rodrigo Tostes, optou por não citar nomes de clubes, mas revelou que conversou com cinco equipes de Portugal. O dirigente é o responsável por tocar o projeto diretamente.

O plano do Flamengo tem a expectativa de conseguir, com o novo clube, uma vaga na Liga dos Campeões entre sete e oito anos.

Estimativa para classificação a torneios europeus

Conference League 2 anos
Liga Europa 3 anos
Liga dos Campeões 7 a 8 anos


Durante este eventual crescimento do novo clube, o Flamengo está de olho até mesmo na renegociação de direitos televisivos. O contrato atual da Liga Portuguesa se encerra em 2027/2028, e há expectativa de aproveitar esta janela para incrementar a receita, caso o projeto avance como esperado.

Em relação a usar o clube europeu como uma vitrine para jogadores, uma ideia é usar atletas da base sem espaço no elenco profissional do Flamengo. O mecanismo para isso seria emprestar estes nomes para o novo time.

Em caso de avanço no projeto, a diretoria estima que o Flamengo possa incrementar seu patrimônio em R$ 150 milhões. No plano, o clube entrará com sua marca, enquanto o dinheiro virá de investidores. O novo ativo rubro-negro, que poderá ser listado em futuros balanços, será decorrente da exploração de sua marca no novo time.

Negociação com o BTG

O próximo passo do projeto é conseguir assinar com um banco. O Flamengo tem conversas avançadas com o BTG Pactual e discute bases comerciais.

Dentro do projeto, a presença de um banco é uma forma de estruturar toda a operação. O BTG seria responsável por chancelar o plano de negócios, validando os cálculos e as projeções do plano, além de organizar o mix de investidores, caso haja demanda. Por fim, caberá ao banco liquidar a operação para que os investidores adquiram uma parcela da sociedade da empresa a ser formada no exterior.

De acordo com investidores que já tiveram contato com o clube, a ideia é levantar 50 milhões de euros (cerca de R$ 307 milhões).

- Ficamos muito satisfeitos com a receptividade do Conselho de Administração sobre o conceito do projeto. Foi unânime que é um caminho ótimo para o Flamengo. Agora nosso foco é contratar um banco e captar investidores. Sem os investidores, não podemos dar o próximo passo - disse Tostes ao ge.

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