O prejuízo era esperado, principalmente devido à queda nas receitas do clube. Fontes importantes, como bilheteria e direitos de transmissão, caíram - no caso dos direitos, houve uma postergação do pagamento. Por outro lado, o sócio-torcedor registrou aumento em relação a 2019.
- Neste ano de 2020 o calendário das competições foi significativamente alterado com suspensão a das competições e proibição de público nos estádios, a partir de março. Diante disso, parte das receitas com direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, da Copa Libertadores da América e da Copa do Brasil deixaram de ser reconhecidas no período, estando as parcelas recebidas registradas como Adiantamento no Balanço Patrimonial - diz um trecho do balanço.
A receita operacional líquida do Flamengo no primeiro semestre de 2020 foi de R$ 320 milhões, contra R$ 397 milhões em 2019. Por outro lado, as despesas também diminuíram: R$ 286 milhões, contra R$ 293 milhões em 2019.
Para se ter uma ideia melhor do impacto da pandemia, o clube havia tido receita de R$ 256 milhões nos primeiros três meses de 2020 - ou seja, nos outros três meses, quando houve a paralisação do futebol, a receita foi de R$ 64 milhões, menos da metade da diferença em 2019, que foi de R$ 158 milhões.
No balanço, assinado pelo presidente Rodolfo Landim e pelo vice-presidente de finanças, Rodrigo Tostes, o Flamengo afirmou que "ainda não é possível indicar com precisão o fim da crise" causada pela pandemia.
- Desde o primeiro momento o Clube tomou medidas emergenciais para o desenvolvimento e aplicação de protocolos visando com prioridade total na preservação da saúde dos atletas e funcionários do Clube e medidas de preservação das condições econômico financeiras para manter as obrigações sem default. Atualmente, o clube já opera a maioria de suas atividades sociais e recreativas de acordo com os protocolos estabelecidos e aprovações das autoridades competentes.
Veja os principais números:
Receita:
- Direitos de transmissão fixos: R$ 10,6 milhões
- Patrocínio e publicidade: R$ 46,2 milhões
- Bilheteria: R$ 21,8 milhões
- Estádio: R$ 5,1 milhões
- Sócio-Torcedor: R$ 38,6 milhões
- Venda de direitos econômicos: R$ 144,2 milhões
- Empréstimos e mecanismo de solidariedade: R$ 20 milhões
Despesas:
- Salários, encargos e benefícios: R$ 103,2 milhões
- Direito de imagem: R$ 38,5 milhões
- Gastos com negociações e baixas de atletas: R$ 23,6 milhões
- Gastos com jogos e competições: R$ 20,8 milhões
- Empréstimos de atletas: R$ 9,1 milhões
- Amortizações de direitos de jogadores: R$ 65,2 milhões
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