A decisão de estender as férias dos jogadores até o dia 30 de abril contrariou o desejo da diretoria do Flamengo. Ao menos de parte dela, porque houve dirigentes que consideram que a "forçada de barra" seria um tiro no pé que só serviria para desgastar a imagem do clube, embora outros acreditem que o futebol terá um papel importante no ressurgimento da sociedade pós-coronavírus.
O golpe final foi a conversa na sexta-feira com o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, que apresentou um panorama bem diferente do imaginado pelo Flamengo. Ele, que está infectado com o Covid-19, disse que, caso o cenário melhore, é possível que libere os treinos no fim de maio.
Quando soube da vontade de retomada dos treinos na próxima terça-feira, dia 21, o técnico Jorge Jesus nem cogitou o retorno. Mesmo se quisesse voltar, seria necessária uma maratona aérea com conexão em outro país da Europa, já que os voos diretos de Portugal para o Brasil estão suspensos por tempo indeterminado.
Além de Jorge Jesus, passam férias em Portugal os integrantes de sua comissão técnica. Arrascaeta também está fora do Brasil.
O Flamengo construiu sua iniciativa de retorno aos treinos baseado em um protocolo de segurança para os atletas e funcionários no Ninho do Urubu, inspirado no que tem sido feito na Alemanha. O Bayern de Munique realiza as atividades em pequenos grupos.
A Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) tem o desejo de retomar o quanto antes as atividades para que possa dar seguimento ao Campeonato Carioca, e tem o Flamengo como aliado. Por enquanto, a indefinição segue.
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