O Flamengo fechou acordo para receber cerca de R$ 20 milhões por dois anos e meio com patrocínio da SportsBet.io, site de apostas sediado na Estônia. O contrato deverá ter validade até dezembro de 2021, mas só poderá ser assinado depois que o Conselho Deliberativo aprová-lo.
A empresa é parceira rubro-negra desde julho deste ano, quando assinou um contrato para patrocinar apenas mídias digitais rubro-negras. Agora, foi acertada a expansão desta parceria para que haja exposição na camisa e valores muito mais altos do que os anteriores.
A previsão de pagamentos se divide da seguinte maneira. Se o acordo for aprovado pelos conselheiros, a patrocinadora pagará R$ 8,5 milhões em 2020 e R$ 9 milhões em 2021. O restante se divide entre o contrato que já estava em vigor, de julho a outubro de 2019, e parte do que está previsto para o novo acordo, válido a partir de novembro.
A SportsBet.io entra no lugar que vinha sendo ocupado pela Universidade Brasil. A patrocinadora anterior pagava R$ 3,5 milhões anuais para ficar nos ombros, mas teve o contrato rompido depois que o dono a universidade foi preso pela Polícia Federal, acusado de fraude em programa federal de financiamento estudantil.
A considerar um valor fixo próximo dos R$ 20 milhões por dois anos e meio de contrato, a patrocinadora está assumindo um risco. As apostas ainda não foram regulamentadas no Brasil, motivo pelo qual empresas estrangeiras estão receosas em fazer grandes investimentos. Com o patrocínio ao Flamengo neste valor, que ainda pode aumentar com pagamento variável, a SportsBet.io aposta que essa indústria crescerá.
Mesmo sem a regulamentação no Brasil, empresas estrangeiras de apostas estão estendendo seus patrocínios a quase todo o futebol brasileiro. Na época do primeiro trato entre Flamengo e SportsBet.io, o jornal O Globo levantou que metade do Campeonato Brasileiro já tinha algum acordo vigente com sites ou casas de apostas.
As apostas foram autorizadas no país em dezembro de 2018, no último mês do governo de Michel Temer, com a implementação da Lei 13.756/2018. No entanto, ainda está pendente a regulamentação do setor – isto é, o Ministério da Economia precisa determinar quais são as regras para que as apostas sejam definitivamente liberadas no país. O prazo para que aconteça é de dois anos, prorrogáveis por mais dois.
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