Quase quatro meses depois do incêndio que matou 10 jogadores da base do Flamengo no Ninho do Urubu, na maior tragédia da história do clube, a Justiça autorizou nesta sexta-feira a liberação completa do CT, que estava parcialmente interditado desde fevereiro. A decisão do juiz Pedro Henrique Alves, da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, homologa o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público e anula o processo de 2015 sobre as condições do local.
O Flamengo já havia entrado em acordo em audiência com o Ministério público na última terça-feira e aguardava apenas a oficialização. Agora, o MP acompanhará de perto as instalações, e o clube poderá utilizar o CT para todas as atividades, incluindo pernoite, alojamento e concentração desde a base até o profissional, que ainda não estreou a concentração no novo módulo.
- Desde que aconteceu o episódio e o fechamento do CT, trabalhamos incessantemente para legalizar toda estrutura e conseguimos o reconhecimento pelo MP e pelo juiz que realmente temos uma estrutura de alto nível, uma hotelaria preparada para receber as coisas - afirmou o vice-presidente geral e jurídico do clube, Rodrigo Dunshee de Abranches, que defendeu a estrutura:
- O que aconteceu foi um acidente lastimável, mas de forma alguma um descaso do Flamengo. Era uma estrutura provisória, sem o conforto de hoje em dia, mas capaz de receber as crianças. Estamos virando uma página triste da nossa história. É importante informar o torcedor de que o que foi fechado está reaberto.
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