quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Área na mira do Flamengo foi a leilão avaliada em R$ 157 milhões. Grupo comunica acionistas


Portaria da entrada da empresa de química, desativada desde 2013 (Foto: Amanda Kestelman)
       Portaria da entrada da empresa de química, desativada desde 2013 

O Flamengo anunciou na última quarta-feira que tem acordo de opção de compra de terreno na Avenida Brasil, na altura de Manguinhos. A área pertence ao Grupo Peixoto de Castro, companhia fundada em 1929 e que pediu recuperação judicial em 2013 para vender bens e pagar credores. 

Em comunicado ("Fatos relevantes") publicado no site da empresa nessa segunda-feira, a GPC Participações S.A. "informa ao mercado e acionistas" que celebrou acordo para vender suas áreas, a "depender da satisfação de algumas condições precedentes estabelecidas nos acordos firmados".
 
As condições são o objeto de estudo da diretoria do Flamengo, que tem prazo de 120 dias para confirmar a compra. No período, os diversos agentes envolvidos no processo estudam o terreno e série de outras questões, como as ambientais. O largo espaço fica ao lado da Refinaria de Manguinhos e sediava a GPC Química, que produzia resinas termofixas e metanol e foi desativada em 2013 no início da decadência econômica do grupo empresarial. 

Em reunião nesta terça-feira com boa parte dos envolvidos na questão, o Flamengo começava a tratar do tema. O Flamengo ainda não comenta o assunto. Até o fechamento desta reportagem o Grupo Peixoto de Castro não retornou os contatos da reportagem do Globo Esporte. com.


 Terreno pretendido pelo Flamengo pertence ao Grupo Peixoto de Castro (GPC). Em grave crise financeira, a empresa pediu recuperação judicial.

 


Terreno que o Fla quer comprar no leilão realizado em maio: não houve interessados




Plano de recuperação judicial da empresa envolve vendas de terrenos. Em vermelho, a área que interessa ao Flamengo (Foto: Reprodução processo: 0116330-24.2013.8.19.0001 - 7ª Vara Empresarial TJRJ)


Leiloeiro demarca terreno que foi a leilão no fim de maio (Foto: Reprodução)

Leiloeiro demarca terreno que foi a leilão no fim de maio (Foto: Reprodução) 
 
O terreno da Avenida Brasil foi colocado a leilão no dia 31 de maio deste ano, com preço avaliado em R$ 157 milhões. Não houve interessados e sequer há previsão de outro leilão. Quem acompanhou o negócio de perto comentou que dificilmente um lance alcançaria valores desta ordem. O Flamengo quer pagar bem menos para adquirir a área para construção do estádio - há estimativas de R$ 80 milhões a R$ 100 milhões pela compra do terreno.
 
No edital do leilão, estava definido que caso não houvesse comercialização do terreno poderia haver outra rodada para procurar interessados. Ainda de acordo com o edital, se houvesse lance inferior ao estipulado (ou seja, menos que os R$ 157 milhões), a "arrematação ficará condicionada à homologação judicial, após a oitiva dos interessados, que deverá ocorrer dentro do prazo de até 90 (noventa) dias do leilão. Transcorrido o mencionado prazo sem definição quanto a aceitação da proposta, será lícito ao lançador desistir da proposta e levantar o valor depositado em conta judicial."


O comunicado do grupo para seus acionistas foi publicado nessa segunda-feira: decisão pela venda
O comunicado do grupo para seus acionistas foi publicado nessa segunda-feira: decisão pela venda


O comunicado do grupo para seus acionistas foi publicado nessa segunda-feira: decisão pela venda "depende da satisfação de algumas condições" (Foto: Reprodução - site GPC) 



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