Em relatório divulgado para sócios, o Flamengo prestou contas de
resultados na área jurídica e revelou pedido de audiência especial com o
presidente da Fifa, Gianni Infantino. O motivo da reunião é a cobrança
pelo calote do Al Nassr, da Arábia Saudita, pela venda de Hernane
Brocador, em 2014. O clube calcula que tem a receber R$ 12 milhões com
as correções e multas, após todas instâncias percorridas nos tribunais
da entidade máxima do futebol mundial.
O documento, distribuído na noite desta quinta, indica que as mudanças
administrativas na Fifa, após a série de prisões e investigações na
cúpula da organização, atrasaram o caso. A Fifa respondeu ao clube, e o Flamengo prevê viagem à Suíça, para se reunir com o presidente da entidade, entre agosto e setembro. Confira um trecho do relatório de sete páginas do Flamengo:
"Não estamos medindo esforços para que a execução da decisão da Corte
Arbitral do Esporte (CAS), na ação contra o clube árabe Al Nassr,
relativa à transferência do atleta Hernane Vidal de Souza, seja
acelerada ao máximo. Não obstante a publicação do acórdão relativo às
primeira e segunda parcelas (no valor total de €2,500,000.00 (dois
milhões e quinhentos mil Euros) ter ocorrido em 29 de Junho de 2016, a
notória reestruturação estrutural da FIFA tem causado morosidade em
todos os processos de execução."
Outro destaque do relatório são os acordos que o clube conseguiu fechar
desde janeiro de 2013 - quando a gestão Eduardo Bandeira de Mello
assumiu a Gávea. Se à época eram 500 processos trabalhistas, hoje são "apenas" 60.
Além disso, o número de ações a cada ano vem caindo. De cerca de 100
ações trabalhistas em 2013 para 50 nos anos seguintes, em 2014 e 2015, e
mais 26 ações no ano passado. Até o fim do primeiro semestre, são 17
novas ações trabalhistas.
O
departamento jurídico calculou que o clube pagou R$ 81 milhões em mais
de 164 acordos trabalhistas feitos desde janeiro de 2013. O
clube lembra que quitou recentemente dívida com Ronaldinho Gaúcho, que
cobrava R$ 70 milhões na ação original, mas fez acordo de R$ 17 milhões.
Por outro lado, o clube tenta reaver R$ 14 milhões de "parceiros comerciais inadimplentes",
sem revelar quais são esses parceiros comerciais. Ao todo, são 70 novas
ações na área cível para o Flamengo tentar receber esta quantia para os
cofres da Gávea.
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