O
presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj),
Rubens Lopes, apesar da boa relação que mantém com o Botafogo desde a
gestão de Maurício Assumpção, não engoliu a postura do atual presidente
alvinegro, Carlos Eduardo Pereira, na briga jurídica envolvendo a
determinação do Juizado Especial do Torcedor proibindo clássicos com
duas torcidas no estado. Lopes criticou as declarações de Pereira, o que
qualificou de "incitação ao ódio".
Após Flamengo, Fluminense e a Procuradoria Geral do Estado terem conseguido suspender a liminar que obrigava a final da Taça Guanabara a ter torcida única, com o jogo já marcado pela Ferj para o Estádio Nilton Santos, ou Engenhão, Pereira disse que os assassinos do torcedor morto no dia 12, em confronto entre as torcidas de Botafogo e Flamengo nos arredores do estádio, poderiam ir ao jogo.
No desenrolar da disputa jurídica, ele deixou bem claro que seu único problema era em receber a torcida rubro-negra, rixa que começou faz tempo, quando William Arão resolveu trocar General Severiano pela Gávea.
- A rivalidade é e sempre será sadia no futebol. Mas é inconcebível em tempos de bandeira branca o discurso de incitação ao ódio. Os torcedores de Flamengo e Fluminense não são assassinos. E cabe às Polícias o papel da investigação e, mais tarde, a responsabilização. Defendemos, sim, a defesa dos direitos e da paz. É incontroverso que cabe ao poder público a segurança do cidadão. Mas a sociedade não deve se abster de implementar medidas, desenvolver ações e promover campanhas que previnam a violência. Exatamente nesse ponto que torna-se fundamental a participação do dirigente esportivo, independentemente da posição do seu clube ou do pensamento que possa ter a respeito do seu adversário. Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo são rivais, não inimigos. E ninguém precisa botar mais fogo nisso.
Lopes
mostrou preocupação ainda com grupos com intenção de jogar por terra o
esforço dos clubes em manter os clássicos com duas torcidas no Rio:
-
Me preocupa muito e faço o alerta às forças de segurança para os riscos
de emboscadas com intuito apenas de denegrir e jogar lama sobre todos
os esforços dos finalistas da Taça GB e FERJ pela paz e o entendimento
da Justiça na liberação das torcidas. A infiltração de "estranhos"
interessados em colocar essa mancha merece um grito de atenção
preventivo.
O dirigente ainda fez um apelo às torcidas de Flamengo e Fluminense para que não haja depredação do estádio alvinegro:
-
Aproveito para registrar em forma de pedido que as torcidas de
Fluminense e Flamengo preservem o Estádio Nilton Santos sem dar margem a
novas críticas e também evitar que suas diretorias tenham que arcar
com eventuais prejuízos. Torçam, façam o show de sempre.
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