Punida pela Federação Internacional de Basquete (Fiba), a Confederação Brasileira de Basketball (CBB) está fora de qualquer competição até o dia 28 de janeiro.
A suspensão, porém, não atinge apenas as seleções brasileiras. As
equipes nacionais também terão que cumprir o período de veto e assim Flamengo e Bauru estão fora da Liga das Américas.
Nesta terça-feira, a Liga Nacional de Basquete, entidade formada pelos
clubes e que gere o Novo Basquete Brasil (NBB), se posicionou quanto a
situação. Mostrando-se ao lado da Fiba, a LNB garantiu que "o ato é
compreensível na medida que busque o caminho para a retomada do
crescimento do basquetebol no Brasil". Porém, mostrou-se insatisfeita
com o "respingo" nos clubes brasileiros.
Carlos Nunes é o presidente da Confederação Brasileira de Basketball (Foto: Thales Soares)
Através de nota oficial, a Liga Nacional de Basquete disse não concordar com o impedimento de Flamengo e Bauru de participarem da Liga das Américas, direito adquirido no âmbito esportivo. Cita também que em reunião há duas semanas, a Fiba, através de José Luiz Saez, dirigente da mesma, não mencionou que os clubes filiados à Liga receberiam punições. Por fim, cita que sempre contribuiu para o desenvolvimento do basquete brasileiro, com reconhecimento da própria Fiba.
Assim, a LNB afirma que trabalhará ao lado de órgãos como o Ministério do Esporte e do Comitê Olímpico do Brasil para que uma solução rápida seja encontrada para a modalidade no país e para que a esperança e o otimismo criados com o Novo Basquete Brasil (NBB) sejam ferramentas de solução definitiva.
De acordo com o anúncio da federação internacional, divulgado nesta segunda-feira, o Comitê Executivo da entidade alegou que a CBB não está cumprindo plenamente com suas obrigações como uma federação nacional nos termos dos estatutos gerais aplicáveis e ainda precisa de reestruturação. Em setembro, a principal entidade da modalidade no mundo havia anunciado a criação de uma força-tarefa comandada pelo espanhol José Luis Saez, ex-presidente da Federação Espanhola de Basquete (FEB), para analisar os problemas da CBB.
Dentre as falhas citadas no comunicado da Fiba, a principal refere-se às dívidas com a entidade por um longo período de tempo, apesar de vários períodos de carência concedidos. A ausência em competições internacionais, como torneios continentais de jovens e mundiais de 3x3 adulto, além de desistência de organizar a etapa brasileiro do 3x3 Mundial também pesaram na decisão anunciada nesta segunda-feira.
De acordo com o comunicado, o Comitê Executivo lamentou ainda a situação financeira do basquete brasileiro poucos meses depois dos Jogos Olímpicos.
Confira a nota na íntegra
A
Liga Nacional de Basquete (LNB) vem através desta manifestar sua
posição em relação à decisão da Federação Internacional de Basquete
(FIBA) em suspender a Confederação Brasileira de Basketball (CBB).
A LNB reitera o apoio que sempre prestou à FIBA e entende que tal ato é compreensível na medida em que se busque o caminho para a retomada do crescimento do basquetebol no Brasil. Esta ação, por mais dura que possa parecer, deve trazer consigo a esperança, o entendimento e a soma de esforços para que solucionemos os graves problemas que afligem a nossa Confederação.
Apesar de não fazermos parte dos problemas verificados pela FIBA, queremos e nos colocamos à disposição para fazer parte da solução, a qual certamente não passa pela punição aos clubes brasileiros. Por isso é importante registrarmos nossa insatisfação no impedimento de que nossas equipes, Clube de Regatas Flamengo e Bauru Basket, disputem a próxima edição da Liga das Américas, direito adquirido no mérito esportivo e que para tal competição já exigiu esforços específicos dessas equipes em todo o seu planejamento. Essa notícia surpreendeu à LNB já que há duas semanas o Sr. José Luiz Saez, dirigente da FIBA, se reuniu com a presidência da LNB, em São Paulo, e em nenhum momento mencionou que haveria quaisquer punições aos clubes filiados à Liga, uma vez que a entidade sempre contribuiu com a mesma e tem feito um papel incansável para o desenvolvimento do basquetebol brasileiro. Trabalho, inclusive, muitas vezes reconhecido pela própria FIBA. Uma medida como essa serve, apenas, para agravar a atual situação.
O NBB, como principal produto da LNB, tem se tornado a cada ano mais forte, atraindo novos fãs, novas equipes e patrocinadores. Desta forma, a LNB tem ciência de seu papel neste cenário e de maneira proativa estará, como sempre esteve, pronta para ajudar sob a liderança da FIBA e não medirá esforços para buscar junto às entidades que organizam o esporte no Brasil como Ministério do Esporte e Comitê Olímpico Brasileiro, uma solução rápida para que a modalidade no país continue sendo desenvolvida da melhor forma possível. A esperança e o otimismo existentes desde a criação da LNB, devem agora ser a grande ferramenta para a solução definitiva desta que é a segunda modalidade mais popular do mundo e que certamente voltará a ser no Brasil.
A LNB reitera o apoio que sempre prestou à FIBA e entende que tal ato é compreensível na medida em que se busque o caminho para a retomada do crescimento do basquetebol no Brasil. Esta ação, por mais dura que possa parecer, deve trazer consigo a esperança, o entendimento e a soma de esforços para que solucionemos os graves problemas que afligem a nossa Confederação.
Apesar de não fazermos parte dos problemas verificados pela FIBA, queremos e nos colocamos à disposição para fazer parte da solução, a qual certamente não passa pela punição aos clubes brasileiros. Por isso é importante registrarmos nossa insatisfação no impedimento de que nossas equipes, Clube de Regatas Flamengo e Bauru Basket, disputem a próxima edição da Liga das Américas, direito adquirido no mérito esportivo e que para tal competição já exigiu esforços específicos dessas equipes em todo o seu planejamento. Essa notícia surpreendeu à LNB já que há duas semanas o Sr. José Luiz Saez, dirigente da FIBA, se reuniu com a presidência da LNB, em São Paulo, e em nenhum momento mencionou que haveria quaisquer punições aos clubes filiados à Liga, uma vez que a entidade sempre contribuiu com a mesma e tem feito um papel incansável para o desenvolvimento do basquetebol brasileiro. Trabalho, inclusive, muitas vezes reconhecido pela própria FIBA. Uma medida como essa serve, apenas, para agravar a atual situação.
O NBB, como principal produto da LNB, tem se tornado a cada ano mais forte, atraindo novos fãs, novas equipes e patrocinadores. Desta forma, a LNB tem ciência de seu papel neste cenário e de maneira proativa estará, como sempre esteve, pronta para ajudar sob a liderança da FIBA e não medirá esforços para buscar junto às entidades que organizam o esporte no Brasil como Ministério do Esporte e Comitê Olímpico Brasileiro, uma solução rápida para que a modalidade no país continue sendo desenvolvida da melhor forma possível. A esperança e o otimismo existentes desde a criação da LNB, devem agora ser a grande ferramenta para a solução definitiva desta que é a segunda modalidade mais popular do mundo e que certamente voltará a ser no Brasil.
Técnicos também se manifestam
Antes
do jogo entre Vitória e Brasília os técnicos Bruno Savignani e Régis
Marrelli também falaram sobre a punição da CBB e pediram que a nota com a
posição dos treinadores que disputam o NBB 9 fosse lida durante a
transmissão do SporTV.
"Nós, técnicos das 15 equipes do NBB,
lamentamos profundamente a situação que chegou a CBB. A decisão da Fiba
de segunda-feira só reforça o que todos já sabiam: uma administração
incompetente, que levou a entidade máxima do basquete brasileiro ao
fundo do poço. Contrariamente a tudo que deveria estar ocorrendo,
exigimos transparência e participação dos clubes, técnicos e jogadores
nas decisões, escolha de gestores e comando desta entidade. O
basquetebol é um produtor que é supervalorizado e a cada dia ganha maior
número de fãs e adeptos no nosso país. Portanto, nós profissionais, em
sua maioria com décadas de dedicação e amor ao esporte da cesta,
exigimos esta transformação e mudanças agora, hoje, sem procrastinar nem
mais um minuto. Palavra de técnico".
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