sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Polêmica do Fla-Flu: procurador-geral do STJD esfria chances de anulação

Sandro Meira Ricci Fluminense x Flamengo (Foto: Ag. Estado)O Procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Felipe Bevilacqua, esfriou na manhã desta sexta-feira a possibilidade de anulação do jogo entre Fluminense e Flamengo, realizado na noite de quinta, em Volta Redonda, pela 30ª rodada do Brasileirão. Apesar de ter falado com a reportagem ainda sem ter analisado a súmula da partida ou as imagens do clássico polêmico, Bevilacqua frisou que é mínima a chance de o Tricolor conseguir o que pretende.     

- Ainda é muito cedo para falar sobre o assunto, o jogo foi ontem à noite. Mas o que posso dizer é que o resultado do campo será mantido. É muito improvável que ocorra alguma mudança, mesmo que o árbitro seja indiciado - frisou, por telefone, ao Globo  Esporte.com.

A derrota para o Flamengo por 2 a 1 não é considerada legal pelo Fluminense. Ao analisar o lance do gol anulado de Henrique, o presidente Peter Siemsen disse ter a certeza de que o árbitro Sandro Meira Ricci se baseou em informações externas para considerar o lance irregular. Por conta disto, o dirigente pedirá a anulação do confronto. O Tricolor, que não se pronunciará oficialmente sobre medidas jurídicas por enquanto, ingressará com uma ação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

O Rubro-Negro vencia o duelo até os 39 minutos do segundo tempo. Henrique marcou de cabeça. O auxiliar Emerson Augusto de Carvalho assinalou impedimento. Os atletas do Fluminense pressionaram. O juiz e o assistente validaram o gol. Os atletas do Flamengo, então, reclamaram. A partida ficou paralisada por 13 minutos até que o lance voltou a ser considerado irregular.

Sandro Meira Ricci não explicou na súmula a decisão de anular o gol do empate tricolor. Nela, ele apenas cita que o "jogo foi paralizado (sic) por 10 minutos, aos 40 do segundo tempo, pelos atletas de ambas equipes terem protestado contra a decisão da arbitragem em um lance de impedimento" e que "nada houve de anormal".

A International Board, organização da Fifa responsável pelas regras do futebol, não permite nenhuma interferência externa nas decisões do árbitro. Ele pode consultar apenas os auxiliares e o quarto árbitro. Para Bevilacqua, no entanto, o fato de outras pessoas que trabalharam no jogo terem se aproximado de Ricci não é conclusivo.

- Isso tudo é prova, tem que entrar em análise, mas neste caso entra em cena o aspecto do tumulto, da confusão. Tudo isso tem que ser levado em conta. Fica muito subjetivo. A análise terá de ser feita com calma - afirmou.

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