O Procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Felipe
Bevilacqua, esfriou na manhã desta sexta-feira a possibilidade de anulação do
jogo entre Fluminense e Flamengo, realizado na noite de quinta, em Volta Redonda,
pela 30ª rodada do Brasileirão. Apesar de ter falado com a reportagem ainda sem ter analisado
a súmula da partida ou as imagens do clássico polêmico, Bevilacqua frisou que é
mínima a chance de o Tricolor conseguir o que pretende.
- Ainda é muito cedo para falar sobre o assunto, o jogo foi ontem à
noite. Mas o que posso dizer é que o resultado do campo será mantido. É muito
improvável que ocorra alguma mudança, mesmo que o árbitro seja indiciado -
frisou, por telefone, ao Globo Esporte.com.
A derrota para o Flamengo por 2 a 1 não é considerada legal pelo
Fluminense. Ao analisar o lance do gol anulado de Henrique, o presidente Peter
Siemsen disse ter a certeza de que o árbitro Sandro Meira Ricci se baseou em
informações externas para considerar o lance irregular. Por conta disto, o
dirigente pedirá a anulação do confronto. O Tricolor, que não se
pronunciará oficialmente sobre medidas jurídicas por enquanto,
ingressará com uma ação no Superior Tribunal de Justiça
Desportiva.
O Rubro-Negro vencia o duelo até os 39 minutos do segundo tempo. Henrique
marcou de cabeça. O auxiliar Emerson Augusto de Carvalho assinalou impedimento.
Os atletas do Fluminense pressionaram. O juiz e o assistente validaram o gol.
Os atletas do Flamengo, então, reclamaram. A partida ficou paralisada por 13 minutos
até que o lance voltou a ser considerado irregular.
Sandro Meira Ricci não explicou na
súmula a decisão de anular o gol do empate tricolor. Nela, ele apenas cita que
o "jogo foi paralizado (sic) por 10 minutos, aos 40 do segundo tempo,
pelos atletas de ambas equipes terem protestado contra a decisão da arbitragem
em um lance de impedimento" e que "nada houve de anormal".
A International Board, organização da
Fifa responsável pelas regras do futebol, não permite nenhuma interferência
externa nas decisões do árbitro. Ele pode consultar apenas os auxiliares e o
quarto árbitro. Para Bevilacqua, no entanto, o fato de outras pessoas
que trabalharam no jogo terem se aproximado de Ricci não é conclusivo.
- Isso tudo é prova, tem que entrar
em análise, mas neste caso entra em cena o aspecto do tumulto, da confusão.
Tudo isso tem que ser levado em conta. Fica muito subjetivo. A análise terá de
ser feita com calma - afirmou.
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