A guerra do Flamengo à Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) segue a todo vapor. No mesmo dia em que ajuizou ação cobrando prestação de contas da entidade,
o clube moveu outro processo: exige o direito de explorar as placas de
publicidade no próximo Campeonato Carioca, condição atualmente conferida
somente à Ferj.
O Rubro-Negro discorda do atual modelo, no
qual a Ferj vende as propriedades disponíveis nos estádio e
posteriormente repassa verba aos clubes federados. O clube acredita que
há uma perda substancial de dinheiro nestas condições.
- O
Flamengo busca uma decisão judicial que o declare como detentor do
direito de exploração da publicidade nos estádios em que for atuar, o
que lhe garante, por consequência, o direito de negociar diretamente com
as empresas interessadas, sem a necessidade de intermediação da
Federação. Esse direito é extraído da Lei Pelé, como decorrência do
direito de arena. É pleito antigo do Flamengo e de interesse de todos os
clubes, creio, não obtido de forma amigável - afirmou Flávio Willeman,
vice-presidente jurídico.
O dirigente do departamento jurídico
rubro-negro diz que o clube esgotou as tentativas "amigáveis de
entendimento" e por isso recorreu à Justiça nestas duas ações.
-
Não digo que, na qualidade de vice-presidente jurídico, tenho prazer em
ajuizar estas ações. Muito pelo contrário; gostaria de harmonia. Mas o
Flamengo atua e atuará de forma intransigente na defesa de seus direitos
e interesses, utilizando todos os meios que estiverem à disposição no
ordenamento jurídico - disse Willeman.
A interlocução entre
Flamengo e Ferj é ruim há tempos. Há ações com pedido de ressarcimento
por danos morais e materiais entre os dois presidentes - Bandeira e
Rubinho. Em junho, havia audiência de instrução e julgamento marcado
entre os dois, mas Bandeira estava com a seleção brasileira nos EUA. A
próxima audiência deve ser marcada para outubro. Em reunião na Ferj,
Bandeira e Rubinho se desentenderam. Em janeiro de 2015, o presidente da
Ferj xingou o mandatário rubro-negro na Ferj em reunião áspera entre os
clubes na sede da federação.
A defesa do Rubro-Negro pediu a
fita da reunião, que provaria as agressões verbais contra Bandeira. Os
advogados de Rubinho alegaram que não há gravação. Bandeira pede
indenização por danos morais contra Rubinho, que, por sua vez, também
move ação cível e ainda outra, esta criminal, contra Bandeira - a quem
acusa de calúnia em entrevistas para a imprensa.
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