Vanderlei
Luxemburgo mal teve tempo para comemorar a vitória do Flamengo sobre o
Internacional, por 2 a 0, nesta quarta-feira, no Maracanã, pela 30ª
rodada do Brasileirão. Com 40 pontos, o Rubro-Negro vê a zona da
confusão cada vez mais distante, e o treinador começa a tomar decisões
preocupado também em não desperdiçar a última oportunidade de título no
ano: a Copa do Brasil. Sendo assim, a empolgação pelo triunfo sobre o
Colorado dividiu espaço com a preparação da equipe para pegar o
Botafogo, sábado, em Manaus. E a tendência é que um time misto seja
escalado pensando na semifinal de quarta-feira, contra o Atlético-MG.
Preocupado em não perder jogadores por conta da maratona de jogos, Luxa revelou que a programação rubro-negra prevê a manutenção do preparador físico, Antonio Mello, no Rio de Janeiro com alguns jogadores que estão mais desgastados fisicamente. João Paulo, suspenso, e Chicão farão parte deste grupo. A relação completa de quem vai encarar a viagem de quase quatro horas até a capital do Amazonas, no entanto, só será divulgada na tarde de quinta-feira, no Ninho do Urubu.
- Eram dois times em final de temporada, que já estão sofrendo na parte física, com lesões, exposição a cartão mais rápido... Quando se está cansado, acaba chegando atrasado nas jogadas. Jogamos 20 jogos em dois meses e pouquinho, mas é complicado falar. É o que tem, né? Alguém paga e vai colocar dessa forma. Vou pensar. Já dei uma reunida, e o Flamengo vai fazer o que é necessário para sair da confusão e visar à Copa do Brasil. O jogo em Manaus é uma viagem longa. Se tivermos que deixar alguns jogadores que estão muito cansados, vamos deixar. Vou deixar também o preparador físico, Antonio Mello, e vou para Manaus com um grupo que, mesmo que esteja sem ritmo, se doe ao máximo
Falando do confronto com o Inter em si, Vanderlei não se gabou com a decisão pelas entradas de Elton e Nixon no segundo tempo. A verdade, porém, é que foi da dupla a jogada que terminou com o primeiro gol de Gabriel. Os bons momentos do meia-atacante, que marcou cinco gols nos últimos sete jogos, e do goleiro Paulo Victor também foram tema da entrevista coletiva, que está na íntegra abaixo.
Com 40 pontos, o Flamengo é o 11º colocado no Brasileirão, e encara o Botafogo sábado, às 21h (de Brasília), em Manaus, pela 31ª rodada.
Luxemburgo durante a vitória sobre o Internacional, no Maracanã (Foto: André Durão)
Confira os assuntos da coletiva de Luxemburgo.
Mudanças no time
- Queria velocidade de lado. O Gabriel é rápido e está em um momento bom, insinuante, com drible. O futebol tem que ter drible. Comecei com o Eduardo, que tem uma estrela muito boa. Depois, coloquei o Luiz Antonio para manter o esquema que tinha mudado com o Márcio Araújo por dentro e o Gabriel pela direita. O time deles girava muito. Quem girava o jogo era o Willians, que sabemos que não tem uma técnica esmerada. O lateral-esquerdo sobe muito. Coloquei o Nixon no lugar do Eduardo para ter velocidade por fora e por dentro. Ia colocar o Lucas, mas olhei bem e pensei em prender um atacante por dentro com o Nixon pela esquerda. No intervalo do jogo, o Everton já estava meio que pedindo para sair, disse que não ia aguentar. Olhando o jogo, coloquei o Nixon por ali. Deu certo. Às vezes, erramos. Outras, acertamos. O Inter veio para cima e mesmo com espaço para contragolpe não é fácil raciocinar.
Gabriel
- Ele está bem, está feliz. É preciso ter um jogador com velocidade e mudança de direção. Não podemos esquecer que é um peladeiro, que começou velho no futebol. Agora que está encorpando, estamos ensinando como bater na bola. Vive um momento bom e vai acontecer coisa boa na carreira.
Preparo físico do time
- O time tem um sentido de marcação. Perdemos isso contra o Atlético-PR, o equilíbrio como equipe, a parte tática. Se tivéssemos saído em desvantagem, quem teria o contragolpe hoje era o Inter, que tem time rápido. Mas aconteceu o contrário, ficaram os zagueiros expostos e era questão de encaixar o contra-ataque. Foi uma característica que falou no jogo.
Pressão do Inter no fim
- O Inter está no G-4, né? É um time de muita qualidade, com jogadores que matam o jogo, mas eu fiquei com a opção de contragolpe. Se toda jogada saísse gol, ia ser 44 x 44, 45 x 45.... Eles iam passar perto, mas ficaram expostos. Isso foi tema de palestra. Falei para negociarmos o jogo, que não poderíamos deixar que eles saíssem com a vantagem e que se nós fizéssemos primeiro o time deles ia ficar exposto. O Flamengo tinha obrigação de ganhar, mas o Inter também.
Paulo Victor
- Ele está vivendo um momento muito bom. Gosto muito dele, desde a vez passada que estive aqui. Quando as coisas estão boas, é assim. A bola bate na bunda dele e sai. Daqui a pouco vira, e bate na bunda dele e entra. Espero que não mude. Temos que dar os parabéns ao preparador de goleiros, que trabalha bastante, e ao César, que é outro excelente goleiro.
Homenagem ao Jayme e possibilidade de volta
- Estou pensando em tanta coisa, mas está tudo na caixinha. Vamos deixar a coisa acontecer para frente, com calma. O Jayme tem história no clube, como eu. Estamos pensando em tirar o Flamengo da confusão, colocar a cabeça para fora, mas sem esquecer de uma coisa aqui do lado, que é a Copa do Brasil. Por isso, essa vitória foi fundamental.
Evolução do Flamengo
- Estou contente, feliz, satisfeito. A resposta está sendo muito boa. O time tem dado resposta em campo e não é no jogo de hoje (com o Inter). Fomos questionados ali atrás por conta de cinco jogos sem vitórias, mas o time vinha jogando bem. Mantive a tranquilidade e era questão do resultado aparecer contra equipes que decidem em uma bola. O nosso momento é tranquilo, o ambiente é tranquilo. Estou feliz, trabalhando, não há nenhum tipo de arestas. Está tudo sossegado, e quando é assim está bom.
Jogo com o Botafogo
- Vamos ver os jogadores que estão realmente cansados. Quem estiver mesmo perto de uma estafa, de uma lesão, vamos deixar aqui. Vamos levar quem está 100% para jogar. Não dá para poupar todo mundo. Conversamos com a diretoria, vou tomar as decisões que me cabem como técnico. Há um acordo legal e vai dar tudo certo.
- Queria velocidade de lado. O Gabriel é rápido e está em um momento bom, insinuante, com drible. O futebol tem que ter drible. Comecei com o Eduardo, que tem uma estrela muito boa. Depois, coloquei o Luiz Antonio para manter o esquema que tinha mudado com o Márcio Araújo por dentro e o Gabriel pela direita. O time deles girava muito. Quem girava o jogo era o Willians, que sabemos que não tem uma técnica esmerada. O lateral-esquerdo sobe muito. Coloquei o Nixon no lugar do Eduardo para ter velocidade por fora e por dentro. Ia colocar o Lucas, mas olhei bem e pensei em prender um atacante por dentro com o Nixon pela esquerda. No intervalo do jogo, o Everton já estava meio que pedindo para sair, disse que não ia aguentar. Olhando o jogo, coloquei o Nixon por ali. Deu certo. Às vezes, erramos. Outras, acertamos. O Inter veio para cima e mesmo com espaço para contragolpe não é fácil raciocinar.
Gabriel
- Ele está bem, está feliz. É preciso ter um jogador com velocidade e mudança de direção. Não podemos esquecer que é um peladeiro, que começou velho no futebol. Agora que está encorpando, estamos ensinando como bater na bola. Vive um momento bom e vai acontecer coisa boa na carreira.
Preparo físico do time
- O time tem um sentido de marcação. Perdemos isso contra o Atlético-PR, o equilíbrio como equipe, a parte tática. Se tivéssemos saído em desvantagem, quem teria o contragolpe hoje era o Inter, que tem time rápido. Mas aconteceu o contrário, ficaram os zagueiros expostos e era questão de encaixar o contra-ataque. Foi uma característica que falou no jogo.
Pressão do Inter no fim
- O Inter está no G-4, né? É um time de muita qualidade, com jogadores que matam o jogo, mas eu fiquei com a opção de contragolpe. Se toda jogada saísse gol, ia ser 44 x 44, 45 x 45.... Eles iam passar perto, mas ficaram expostos. Isso foi tema de palestra. Falei para negociarmos o jogo, que não poderíamos deixar que eles saíssem com a vantagem e que se nós fizéssemos primeiro o time deles ia ficar exposto. O Flamengo tinha obrigação de ganhar, mas o Inter também.
Paulo Victor
- Ele está vivendo um momento muito bom. Gosto muito dele, desde a vez passada que estive aqui. Quando as coisas estão boas, é assim. A bola bate na bunda dele e sai. Daqui a pouco vira, e bate na bunda dele e entra. Espero que não mude. Temos que dar os parabéns ao preparador de goleiros, que trabalha bastante, e ao César, que é outro excelente goleiro.
Homenagem ao Jayme e possibilidade de volta
- Estou pensando em tanta coisa, mas está tudo na caixinha. Vamos deixar a coisa acontecer para frente, com calma. O Jayme tem história no clube, como eu. Estamos pensando em tirar o Flamengo da confusão, colocar a cabeça para fora, mas sem esquecer de uma coisa aqui do lado, que é a Copa do Brasil. Por isso, essa vitória foi fundamental.
Evolução do Flamengo
- Estou contente, feliz, satisfeito. A resposta está sendo muito boa. O time tem dado resposta em campo e não é no jogo de hoje (com o Inter). Fomos questionados ali atrás por conta de cinco jogos sem vitórias, mas o time vinha jogando bem. Mantive a tranquilidade e era questão do resultado aparecer contra equipes que decidem em uma bola. O nosso momento é tranquilo, o ambiente é tranquilo. Estou feliz, trabalhando, não há nenhum tipo de arestas. Está tudo sossegado, e quando é assim está bom.
Jogo com o Botafogo
- Vamos ver os jogadores que estão realmente cansados. Quem estiver mesmo perto de uma estafa, de uma lesão, vamos deixar aqui. Vamos levar quem está 100% para jogar. Não dá para poupar todo mundo. Conversamos com a diretoria, vou tomar as decisões que me cabem como técnico. Há um acordo legal e vai dar tudo certo.
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