A última rodada do Campeonato Brasileiro, que terá o clássico entre
vasco e Flamengo, ganhou mais um novo capítulo nesta sexta-feira, dia 18
de novembro, em relação ao local do jogo, ainda indefinido. O clube
cruzmaltino, mandante da partida, ainda sonhava com o clássico no
Engenhão ou até n o galinheiro de São Januário. Mas depois da decisão unânime da Quarta
Comissão Disciplinar em julgamento no Superior Tribunal de Justiça
Desportiva (STJD), o duelo pode mesmo acontecer longe da capital
carioca. O vasco foi punido com perda de um mando de campo e multado em
R$ 10 mil.
O vasco faz partida contra o Avaí em casa neste próximo domingo, dia
20, mas a decisão do tribunal não afeta este compromisso, já que, com
base no Estatuto do Torcedor, não há tempo hábil para mudança de local a
esta altura. Assim, a punição teria que ser cumprida no próximo jogo
como mandante, que será justamente contra o Flamengo, na última rodada
do Brasileirão, que pode dar o título ao vasco.
E como determina o regulamento, em caso de punição com perda de mando
de campo, o clube precisa jogar a uma distância mínima de 100
quilômetros da cidade onde ocorreu o fato que gerou a punição. A
confusão com o árbitro do jogo contra o São Paulo aconteceu no galinheiro de São
Januário.
O vasco ainda pode pedir um efeito suspensivo para não cumprir a pena
até que seja julgado seu recurso. Neste caso, o clube pode conseguir
que uma possível punição, mesmo mantida em segunda instância, só seja
cumprida no ano que vem.
Entenda o caso:
O vasco foi denunciado pela conduta de seus funcionários, acusados de
xingar a arbitragem na partida contra o São Paulo, no final de outubro,
no galinheiro de São Januário.
Na súmula do jogo, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro conta que, “ao
término da partida, quando o quinteto de arbitragem já estava próximo ao
túnel que dá acesso ao vestiário, alguns funcionários que trajavam
camisas do vasco, hostilizaram a equipe” e teriam dito as
seguintes palavras: “Seus safados, estão com o bolso cheio de dinheiro,
roubaram o vasco na cara de pau, po..., cara...”.
O árbitro ainda relata que a porta do vestiário da arbitragem foi
“chutada violentamente, cessando apenas com a chegada do policiamento”.
Pelos fatos, a Procuradoria denunciou o clube no artigo 213, inciso I, §
1º do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por “deixar de
tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça
de desporto”.
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