domingo, 21 de agosto de 2011

Ronaldinho: faixa azul de capitão, gol no retorno a Porto Alegre



No retorno à terra natal, vaias, gol, gritos de ‘Ronaldinho é Seleção’ e um mero acaso – ou seria provocação? Com a faixa de capitão na cor azul, que lembra o Grêmio, time do começo de carreira e eterno rival do Colorado, o camisa 10 teve participação efetiva na primeira vez que jogou no Beira-Rio, em Porto Alegre, desde que voltou ao Brasil.

O gol que abriu o placar foi o sexto de Ronaldinho diante do Internacional, já que pelo Grêmio balançara as redes cinco vezes.

Ronaldinho pisou no Beira-Rio exatamente às 15h06m. De touca, semblante sério, caixas de som portáteis na mão, o jogador foi escoltado por cinco seguranças, mas não houve qualquer tipo de problema na chegada ao estádio.

Às 15h54m, o capitão do time entrou em campo e foi saudar a torcida do Flamengo. Quando seu nome foi anunciado no placar, o jogador foi recepcionado com vaias pela torcida colorada, que pouco depois passou a xingar o jogador.



Ronaldinho comemorou muitos os dois gols rubro-negros no Sul 
 
A resposta veio em seguida, quando os rubro-negros cantaram ‘ão, ão, ão, Ronaldinho é Seleção’. Foi a primeira partida depois de o jogador ter sido convocado por Mano Menezes para o amistoso contra Gana, no próximo dia 5, em Londres.

Com a bola em jogo, Ronaldinho deu seu primeiro toque com menos de um minuto. E tome vaias. Pouco depois, foi desarmado por Índio, mesmo marcador que encontrou pela frente em 2006, quando, pelo Barcelona, enfrentou o Internacional na final do Mundial Interclubes. Na ocasião, o time gaúcho foi campeão (1 a 0).

Com boa movimentação, Ronaldinho Gáucho quase marca um golaço. Aos 3 minutos, depois de recuo errado de Elton, ele deu um toque por cima do goleiro e acertou a barra que sustenta a rede, atrás do travessão. Dessa vez, silêncio da torcida colorada. O jogador olhou para o céu, e lamentou a chance perdida.

O camisa 10 participava ativamente do jogo, sendo perseguido pelas vaias. Aos 16, uma bela virada de jogo para Léo Moura. Depois, lançamento primoroso para Deivid, que se chocou com o goleiro Muriel.

Números de R10 na partida:
 
3 finalizações
26 passes certos
7 passes errados
9 bolas levantadas
1 falta cometida
1 falta sofrida
1 roubada de bola
1 jogada lateral
3 jogadas de linha de fundo
1 cartão amarelo
 
Aos 24, o gol de Ronaldinho Gaúcho. Depois de Luiz Antonio sofrer falta na entrada da área, o camisa 10 acertou o canto direito de Muriel. Na comemoração, uma punhos cerrados, festa com o banco de reservas, e uma dança diferente. Silêncio em grande parte da arquibancada e os gritos de ‘Ah, é Ronaldinho’ na ala rubro-negra.

O jogador seguiu com toques de efeito até o fim do primeiro tempo. Antes do intervalo, Ronaldinho Gaúcho recebeu cartão amarelo por falta no ataque. Depois de trocar de camisa com Tinga, o capitão ignorou o frio e saiu de campo sem camisa.

Nos 45 minutos iniciais, foram duas finalizações, 16 passes certos e apenas dois errados. Ele cometeu uma falta, e sofreu outra.

Orientação depois do gol colorado

Antes de começar o segundo tempo, Ronaldinho conversou com Renato e Bottinelli. Depois do gol de Índio, o capitão passou orientações para seus companheiros. Depois de uma cobrança de falta errada, Ronaldinho Gaúcho quase marca gol olímpico, aos 11.

Em seguida, Jael entrou na vaga de Bottinelli, e passou a formar dupla com Deivid. Ronaldinho, então, passou a atuar um pouco mais recuado. No posicionamento novo, participou mais da partida, distribuindo jogo.

Logo depois, mais comemoração. Depois de rolar para Junior Cesar, que cruzou para Jael fazer 2 a 1, Ronaldinho vibrou muito, bateu peito no peito com o atacante e fez o sinal da cruz.

Grande parte das jogadas passava pelos pés de Ronaldinho. Ele ainda colocou uma bola na cabeça de Deivid, que perdeu chance incrível de empatar.

Depois do empate em 2 a 2 – gol de Leandro Damião –, Ronaldinho Gaúcho ainda protagonizou bons lances, ouviu vaias, cobrou escanteios. O árbitro deu o apito final com as bolas nos pés do camisa 10, durante um contra-ataque. Um lance que simbolizou o sentimento rubro-negro de que dava para ter saído com um gol e dois pontos a mais.


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