Clube deixa volante guardado nos juniores. Aos 18 anos, jogador chegou a pedir para o pentacampeão Kleberson ter calma em um jogo.
Aírton teve uma breve aparição na equipe profissinal do Flamengo. Por 65 minutos, brilhou na atuação do time reserva contra o Vasco, na Taça Rio deste ano. Saiu com cãibras, mas impressionou o então técnico Joel Santana. Não foi só. A diretoria rubro-negra também ficou convencida de que vale investir no garoto de 18 anos e planeja 2009 como a temporada do surgimento definitivo de um volante classe A.
Cria do Nova Iguaçu, ele chegou à Gávea no início deste ano para a equipe de juniores. Os direitos econômicos ainda pertencem ao clube da Baixada Fluminense. Mas os dirigentes rubro-negros planejam a renovação do contrato, que vence no dia 31 de dezembro.
- Ele será preparado para 2009. É um jogador muito talentoso e que nos agradou muito. Em 2009, será uma realidade - declara o coordenador das divisões de base do Flamengo, Rivelino Serpa.
De volta aos juniores, Aírton disputará o Mundial Interclubes sub-19, na Malásia, em agosto. Também faz um trabalho de fortalecimento muscular e já ganhou cerca de 2 kg de massa corpórea.
- Para chegar até o Flamengo foi muito difícil. Encaro essa expectativa da melhor forma possível, sem deixar subir à cabeça - explica o jogador.
O caladão e o monstro
Quem o observa fora de campo, percebe o jeito tímido do jogador. Poucas palavras, sorriso discreto. Mas basta vestir o uniforme que a transformação ocorre e ele vira "monstro".
Quem o observa fora de campo, percebe o jeito tímido do jogador. Poucas palavras, sorriso discreto. Mas basta vestir o uniforme que a transformação ocorre e ele vira "monstro".
Até o pentacampeão Kleberson já ganhou um inusitado "conselho" do novato. Durante o Flamengo e Vasco, Aírton virou-se para o companheiro e disse:
- Calma, Kleberson. Tá nervoso?
A postura surpreendente virou até motivo de brincadeiras entre os outros jogadores.
- Eu sinto que mudo mesmo dentro de campo. Mas sei que preciso orientar os outros jogadores até porque fico ali atrás e tenho mais visão do campo - diz Aírton.
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