quinta-feira, 18 de março de 2010

Impasse com a BWA segue, e Engenhão receberá Libertadores e Copa do Brasil

Representantes de Flu e vasco participaram de uma reunião nesta quinta-feira, na sede da Federação Carioca de Futebol (Ferj). O objetivo foi buscar soluções para atender a notificação que a Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer do Estado do Rio de Janeiro enviou à Ferj, pedindo que a entidade adote medidas necessárias para que a BWA, empresa responsável pela confecção, comercialização e distribuição de ingressos e pelas roletas do estádio do Maracanã não opere mais o acesso ao estádio. No encontro, ficou decidido que, nesta sexta-feira, será proposto à empresa um termo de responsabilidade para melhorias no serviço. Os pontos ainda precisam ser aprovados pela Secretaria de estadual de Turismo, Esporte e Lazer do Rio de Janeiro.

Um dos principais interessados, o Flamengo, não enviou representante. O presidente de Ferj, Rubens Lopes, informou que já enviou para a CBF o pedido para que remarque os jogos da Copa do Brasil e da Libertadores para o Engenhão.

- Chegamos a algumas diretrizes para que possamos terminar o Campeonato Carioca com jogos no Maracanã. Vamos propor um termo de ajustamento de obrigações para a empresa, sob pena de sérias sanções. Vamos propor ao Ministério Público que a BWA seja penalizada se descumprir. O Fluminense vai se encontrar com a empresa e discutir essas situações. Se não ocorrer uma solução, se os problemas não forem solucionados, vamos continuar sem jogos no Maracanã. Os clubes é que têm que trazer alternativas - avisou Rubens Lopes.

A esperança é de que tudo esteja resolvido até a realização do clássico entre Flu e vasco, dia 28.

Um dos problemas apontados para a rescisão com a BWA é o ônus financeiro que poderia trazer para os clubes. O vice-presidente financeiro do Fluminense, Humberto Palma, no entanto, disse que isso não é decisivo para resolução do caso.

- Os clubes realmente receberam adiantamento, mas não acho que isso vá impedir uma possível rescisão. No caso do Fluminense, o valor é pequeno - disse o dirigente.

O vasco foi representado pelo presidente Roberto Dinamite. O Flu foi com o vice-presidente de futebol, Alcides Antunes, o vice financeiro, Humberto Palma, e o assessor jurídico da presidência, Marcelo Penha.

Entenda o caso

Após os incidentes com as roletas do Maracanã no clássico entre Flamengo e vasco, no último domingo, a secretária estadual de Turismo, Esporte e Lazer, Márcia Lins, notificou a Ferj e deu um prazo de três dias que “sejam tomadas as devidas providências para evitar que os constantes problemas de acesso no estádio voltem a ocorrer”. Por isso, a Federação do Rio foi obrigada a remarcar três jogos que estavam no programados para o estádio. Olaria x vasco, marcado para o próximo sábado, e Fluminense x Resende, no domingo, serão realizados em Volta Redonda. Já o Flamengo x Tigres de quarta-feira (dia 24) será no Engenhão.

Do total de 103 roletas do Maracanã, somente 15 funcionaram no clássico entre Flamengo e vasco, o que gerou um grande tumulto. Na rampa da UERJ, por onde entravam os torcedores cruzmaltinos, das 51 roletas somente cinco eram utilizadas. E na rampa do Bellini, por onde entraram os torcedores rubro-negros, de um total de 52 roletas, 42 estavam quebradas e somente dez funcionaram.

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