sábado, 21 de janeiro de 2012

Sábado do Fla em Sucre: treino, corredor polonês e ouvido no rádio


Enquanto o time B do Flamengo vencia o Bonsucesso, no Engenhão, por 4 a 0, na estreia rubro-negra no Campeonato Carioca, a equipe principal trabalhou em Sucre por uma hora e meia. No estádio Patria, o técnico Vanderlei Luxemburgo comandou uma atividade intensa. Primeiro, os jogadores realizaram um treinamento físico com bola. Em seguida, em metade do campo, os atletas foram separados em dois grupos e realizaram um exercício técnico de dois toques.

O clima entre os jogadores que estão na Bolívia foi de total descontração. Eles também se empenharam durante o trabalho que tinha como prioridade a rápida troca de passes. O goleiro Felipe deu voltas na pista de atletismo, e Cesar ficou no gol.

Treino Flamengo (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)ogadores do Flamengo treinam em Sucre (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)

Após a atividade, o volante Muralha, que completa 19 anos neste sábado, e o atacante Itamar, recém-chegado, tiveram de passar por um corredor polonês. Com as camisas nas mãos, os demais não perdoaram na brincadeira e “surraram” a dupla.

Alguns atletas e o técnico Vanderlei Luxemburgo conseguiram acompanharam parte do primeiro tempo do jogo contra o Bonsucesso por rádio. Os jornalistas ouviam a transmissão à beira do campo e informavam o que se passava no Rio. O grupo comemorou os dois primeiros gols, marcados por Jael.

Flamengo corredor polonês Itamar (Foto: Alexandre Vidal / Fla imagem) 
Itamar passa pelo corredor polonês e não escapa de R10 (Foto: Alexandre Vidal / Fla imagem) 

Departamento médico controla efeitos da altitude 

Após o treinamento, um a um os jogadores passaram pela medição da saturação de oxigênio. Antes e depois das atividades, os médicos Marcio Tannure e Luiz Baldi também aferem a pressão e controlam a frequência cardíaca dos rubro-negros. Os exames diários apontam que o grupo está respondendo bem aos treinamentos nos 2.800 metros de altitude em Sucre.

- As cidades no nível do mar têm uma pressão barométrica de 760 ml de mercúrio, já em Potosí, que fica a cerca de 4 mil metros, essa pressão é em torno de 400 ml. Isso influencia na saturação. Nossa hemoglobina, que é o que carrega o oxigênio em nosso sangue, precisa de pressão para funcionar. Quanto maior a pressão, mais oxigênio nosso corpo terá. Na altitude, o corpo aumenta a frequência cardíaca para compensar a diminuição de oxigênio sendo transportado pelo sangue. No nível do mar, a saturação fica entre 95 e 100 e aqui em Sucre a queda foi bem baixa. Os atletas estão apresentando resultados entre 93 e 95. Todo o elenco está bem – explicou o médico Luiz Baldi, ao site oficial do clube.

Flamengo médicos altitude (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com) 
Junior Cesar é examinado pelo departamento médico (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)

A preocupação do departamento médico é de que quando a saturação do oxigênio é menor que 85, os sintomas da altitude começam a se manifestar mais forte. Principalmente a falta de ar, deixando o atleta ofegante. Na teoria, sem fazer esforço físico, a saturação de uma pessoa normal não adaptada em Potosí é de 86.

Neste domingo, o grupo fará um treino no estádio Victor Agustín Ugarte, em Potosí, local do jogo contra o Real Potosí, quarta-feira, na estreia do time na pré-Libertadores. A atividade será às 15h (17h de Brasília).



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